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terça-feira, 27 de abril de 2010

25 COMÉDIAS PARA VER E MORRER DE RIR...

A comédia é um dos gêneros mais difíceis do cinema. Sempre admirei a alegria e a vontade de fazer rir dos comediantes, desde Chaplin até os atuais, ainda que ultimamente a safra não seja das melhores. Sempre quis fazer uma lista com as minhas comédias favoritas, comecei pensando em dez, mas pressinto que essa lista pode seguir indefinidamente.

Antes de entrar no assunto é bom explicar que não sou crítico de cinema, muito menos quero opinar sobre importância histórica de um gênero, falo apenas de filmes que me marcaram para sempre e que gosto de rever de tempos em tempos. Além do mais vejo circulando tantas listas dos piores filmes disso e daquilo que acho que poderíamos falar dos que são bons para tentar contrabalançar. Começo então com dois nacionais:

Macunaíma - 1969. Existem frases que falo de brincadeira faz tanto tempo que até esqueci que as tirei desse filme, só me dei conta após o rever recentemente. A atuação de Grande Otelo é de justificar o prenome, o mesmo vale para o resto do elenco, sobretudo Paulo José. A bagunça total impera – coisa tão comum ao povo brasileiro – e faz desse filme uma pérola da maluquice tropicalista. Pode até nem ser considerado comédia por alguns, mas para mim estará sempre no topo da lista.

Os Trapalhões Nas Minas do Rei Salomão - 1977. É anterior à entrada de Zacarias, mas traz Didi, Dedé e Muçum antes do sucesso os soterrar e a exposição na Glogo desgastar a fórmula. Nesse filme o grupo aparece à vontade como num picadeiro de circo, ninguém ainda sabia do que Os Trapalhões seriam capazes então eles dão o melhor. Aqui em Vitória essa comédia foi exibida no Cine Paz, no domingo a fila dava voltas no quarteirão. O roteiro é plenamente amalucado o que, ao invés de estragar, ajuda; afinal trata-se de uma grande brincadeira. É nonsense puro “de fatis”.

Tempos Modernos – Modern Times. 1936. Talvez seja a comédia mais importante de todos os tempos. Charles Chaplin no auge de seus poderes criativos compõe uma obra prima do humor com direito a corrosivas críticas sociais e sua peculiar expressividade. Obrigatório para qualquer pessoa que se interesse por cinema, aliás, todos do Chaplin são...

O Meninão - You're Never Too Young. 1955. Passei boa parte da infância vendo e revendo o comediante americano Jerry Lewis em intermináveis Festivais de Comédia promovidos pela Globo, mas esse filme me marcou porque o vi numa matinê do Cine Glória ainda quando criança. Lendo a autobiografia de Sydney Sheldon, descobri ter sido ele o autor do roteiro que serve, na verdade, para as inúmeras caretas e danças amalucadas do protagonista, a cena dele comandando um batalhão de garotas e regendo coral são pontos altos do humor em todos os tempos.

Deu A Louca No Mundo - It's a Mad, Mad, Mad, Mad World. 1963. Um tour de force que reuniu a maior parte dos principais comediantes americanos dos anos sessenta numa corrida maluca atrás de uma fortuna enterrada embaixo de um grande W. É pastelão do início ao fim. Houve uma refilmagem dessa história faz uns dez anos com vários bons comediantes e atores conhecidos mas, infelizmente, não tem um décimo da anárquica alegria desse original.

A Dança dos Vampiros – The Fearless Vampire Killers. 1967. Uma das poucas investidas de Roman Polansky no gênero da comédia, estrelada pelo impagável Jack MacGowran, pelo próprio diretor ainda bem jovem e com participação de sua belíssima esposa Sharon Tate, que seria assassinada pelo maluco James Mason. Uma grande brincadeira com o universo dos filmes de terror, com direito à provocações homofóbicas e muito humor negro. A fotografia é belíssima e a trilha sonora de um mau gosto hilariante. É um clássico do gênero. Sempre me perguntei que fim teria levado o velho Professor Abrosius do filme e descobri que ele morreria poucos anos depois durante as filmagens de O Exorcista, esse sim um dos mais emblemáticos clássicos do Terror no cinema.


Primavera Para Hitler - The Producers. 1969.
Oscar de melhor roteiro para Mel Brooks, num enredo plausível e por isso mesmo hilariante, ajudado por atuações impagáveis de Gene Wilder e Zero Mostel. É uma história que eu queria esquecer para ter o prazer de ver outra vez. Talvez algumas citações não soem tão engraçadas hoje para quem não sabe do que se está falando, como na referência ao movimento “Flower Power” e à banda The Doors, mas o resultado final é imperdível.

Tudo Que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo Mas Tinha Medo de Perguntar - Everything You Always Wanted to Know About Sex (But Were Afraid to Ask). 1972. O título mesmo é já uma piada, mas nesse filme vamos encontrar Woody Allen no auge criativo e anárquico de sua fase humorística, vários quadros trazem uma sucessão de situações absurdas de fetiche sexual, da impotência e muito mais. Sua safra dos anos setenta é toda muito boa, mas esse filme e “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa” - que é, por sinal, muito mais celebrado - são obrigatórios.

Monty Python em Busca do Cálice Sagrado – Monty Phyton and The Holly Grail - 1975. Nonsense do início ao fim num filme do grupo humorístico mais popular da Inglaterra. Não dá nem para descrever a quantidade de situações bizarras, cavaleiros cavalgando sem cavalos, diálogos excêntricos e plena gozação da vetusta história da Inglaterra. É uma obra prima da anarquia, uma orgia de alegria.

A Gaiola Das Loucas - La cage aux folles. 1978. Trata-se aqui do original franco-italiano, a refilmagem com Robin Williams, entre outros, é uma das piores coisas já feitas no cinema. Esse verdadeiro é uma das mais engraçadas e populares histórias sobre gays que já se produziu e que até hoje faz sucesso com inúmeras montagens teatrais, uma inclusive em cartaz agora no Rio. O ponto alto são as atuações histriônicas, escandalosas e a crítica à hipocrisia com relação ao preconceito homossexual. Esse é pra rever e rever e rever...

Muito Além do Jardim – Being There. 1979. Ponto final da carreira do grande comediante Peter Sellers, talvez o maior da Inglaterra, mundialmente famoso por seu inspetor Clouseau, da série A Pantera Cor de Rosa. Uma história que se utiliza da simplicidade e da inocência para satirizar a política norte-americana e suas lideranças obtusas. Não é bem uma comédia, o filme em si tem um aspecto outonal, é como a despedida desse grande astro do humor. Qualquer um que goste do gênero tem que ver alguns outros filmes de Sellers, mas esse é obrigatório.

Apertem os Cintos o Piloto Sumiu – Airplane! 1980. Foi a primeira ou segunda comédia parodiando diretamente filmes que vi, coisa que se tornaria padrão ao longo dos tempos. Nos anos setenta eram comuns as grandes produções de cinema catástrofe na aviação, a chamada série Aeroporto. Nessa comédia aparece Leslie Nielsen e outros canastrões que posariam futuramente de comediantes. Fica muito mais engraçado quando se conhece o que eles estão fazendo brincadeira, mas de qualquer maneira as situações bizarras são de tirar qualquer um do sério.


S.O.B. - 1981. As iniciais remetem mesmo ao palavrão geralmente traduzido por aqui como “filho da mãe”. É uma espécie de vingança que Blake Edwards quis fazer com Wollywood, mostrando a canalhice dos investidores e a podridão do meio cinematográfico. Até a eterna freirinha Julie Andrews, então sua esposa, mostra os seios nesse filme com o propósito de dar mais bilheteria e provar que a baixaria é pop, uma brincadeira que se for levada à sério nada tem de engraçado. Tem uma cena em que "o médico da família" reclama porque acabou a vodka, daí alguém responde: "Meu Deus, mas eu acabei de abrir a quinta garrafa!" E ele fala tranquilamente: "Então nada mais justo que eu abra a próxima".

Os Caça-Fantasmas – Ghostbusters. 1984. É uma produção vitoriosa daquela primeira geração do programa Saturday Night Live: Bill Murray, Dan Aykroyd, etc. É uma comédia bem leve, despretensiosa e flagrantemente novaiorquina. Sigourney Weaver encarna o principal papel feminino de maneira sexy e exuberante, como raras vezes foi vista no cinema. É uma produção em que tudo deu certo, a franquia virou desenho animado, revista, bonecos e segue como uma das comédias mais admiradas em todos os tempos. O filme começa como uma questão para os bibliotecários, a primeira aparição de fantasmas acontece justamente na bilbioteca pública de Nova York.

Um Peixe Chamado Wanda - A Fish Called Wanda. 1988. Não sei se ainda é, mas esse filme ocupou a maior bilheteria da história da Inglaterra durante um bom tempo. Oscar de melhor ator para Kevin Kline, numa atuação realmente impagável. Traz alguns elementos do Monty Python numa produção elegante e tiradas pra lá de inteligentes, criticam o jeito polido e sisudo do inglês, o formalismo engessado britânico contraposto ao jeito despachado dos americanos. Reza a lenda que um médico dinamarquês, literalmente, morreu de rir – enfartou, empacotou - ao assistir essa história.


Os Fantasmas Se Divertem – Betlejuice. 1988. Tim Burton ainda não tinha adotado Johnny Depp quando fez esse filme que traz um elenco fantástico com destaque para Winona Ryder ainda adolescente toda garotinha dark que era moda na época. A boa surpresa do filme é o fantasma do título "Betlejuice" (numa tradução rasteira seria algo como "suco de besouro") interpretado de maneira hilariante por Michael Keaton que rouba todas as cenas em que aparece. A má surpresa para mim é que nem todos gostaram dessa película,quando de seu lançamento dando luz a frases do tipo: “os fantasmas se divertem muito mais do que a gente”. Eu o acho imperdível.

Os Visitantes – Les Visiteurs. 1993.
Nem sei por onde começar. É uma história tão inusitada, criativa e engraçada que fica até difícil descrever com palavras. Acreditem ou não mas esse é um filme francês sem Gerad Depardieu, nesse temos o impagável Christian Clavier em uma interpretação de dois papéis diferentes tão bem elaborados que em certos momentos não dá pra dizer que se trata do mesmo ator, aliás, tem muito coleguinha brasileiro estrelando novela da Globo atualmente que precisava beber dessa água. O contraste entre os costumes dos cidadãos brutos da idade média e dos atuais é o elemento chave para inúmeras situações engraçadas.

O Quinto Elemento. The Fith Element. 1997.
Não sei se a intenção do diretor Luc Besson era realmente fazer comédia, afinal os efeitos especiais da abertura são de fazer inveja a qualquer George Lucas. Ao longo da história plenamente amalucada são revelados alguns personagens caricatos, inclusive Bruce Willis numa impagável auto-paródia de seus heróis do passado. Quem rouba a cena é o comediante Chris Tucker interpretando um radialista amalucadamente escandaloso como fosse um protótipo do que se conhece como "bicha louca". O personagem de Willis é Dallas Corben, pra variar, é um militar invencível aposentado que dirige um taxi e acaba salvando o mundo. O clima de esculhambação fica explícito quando um dos atores o chama de "Sr. Willis" e ele, fazendo seu sorriso sarcástico número dois corrige: Dallas. Se até isso passou na edição final, imagine o resto...


O Mentiroso – Liar Liar. 1997. Pode parecer heresia querer incluir Jim Carrey numa lista com representantes tão seletos, ocorre que esse filme consegue unir o famoso comediante exagerado e careteiro em sua melhor fase com um roteiro muito criativo que em todo momento faz uso de piadas surpreendentes. O título em inglês vem de uma brincadeira intraduzível entre a semelhança de pronúncia das palavras advogado e mentiroso. O advogado ambicioso e sem escrúpulos é uma figura bastante ingrata na terra gringa e esse filme se vinga deles com bastante categoria.

O Grande Lebowski – The Big Lebowski. 1988. Nem sempre os “Irmãos Cohen” conseguem soar engraçados, mesmo quando essa é a intenção. Às vezes fica difícil entender o que é que eles estão tentando transformar em piada, mas O Grande Lebowski é um caso a parte. Alavancado por uma interpretação preguiçosa e balofa de Jeff Bridges a história vai de situação biruta em situação biruta quase sem resolução inteligível, é nonsense puro da melhor qualidade.

Medo e Delírio – Fear And Loathing in Las Vegas. 1998.
A história se baseia em um livro do jornalista Hunter S. Thompson, também conhecido como Dr Gonzo, uma figura de proporções mitológicas na América dos anos setenta. Se o adjetivo “porra louca realmente assumido mesmo" pode ser usado para designar uma pessoa, esse seria o cara. As interpretações de Johnny Depp e Benício Del Toro - totalmente irreconhecíveis - são de matar de rir, os personagens abusam de todo o tipo de drogas o tempo todo e a criatividade cinematográfica do diretor Terry Gilliam proporciona o acabamento adequado. Veja, morra de rir e acorde de ressaca. Thompson morreu faz pouco tempo (2005) e um de seus desejos póstumos era espalhar suas cinzas usando um pequeno foguete, como faltou grana o ator Johnny Depp bancou a homenagem.


Quero Ser John Malkovich – Being John Malkovich. 1999.
Foi quando caiu a ficha do mundo para o talento do roteirista Charlie Kaufman que faria o insondável e genial Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças. Os diálogos são pérolas do nonsense, provocando o riso pelo estranhamento, coisa rara e não tão fácil de se conseguir. O elenco é estelar e quase sempre irreconhecível, vide a bela Cameron Diaz que passa o filme inteiro completamente desgrenhada e meio pateta. Outra coisa que faz esse filme ser tão especial são os detalhes inusitados do roteiro, aquele improvável andar sete e meio onde todos andam curvados, simplesmente ridículo. Reparem como Malkovich altera a própria voz quando possuído como se realmente se transformasse em outra pessoa. É uma fábula soturna sobre marionetes e a possibilidade de manipular pessoas. É comédia sim, ma non troppo, é preciso, antes de mais nada, entender o espírito da coisa.

Terça Insana. 2004.
Logo na abertura o mestre de cerimônias avisa que estava ligado o "ventilador de alegria". Não vi os outros DVDs do grupo, mas acho muito difícil alguma coisa na área de comédia suplantar o que se vê aqui. São quadros gozadíssimos com um grupo de comediantes que acabariam se consolidando no telão e na telinha, comandados pela nariguda Grace Gianoukas, especialmente o impagável Luís Miranda hoje ator de cinema sério em filmes como Meu Nome Não é Johnny e Jean Charles. Os personagens se sucedem vertiginosamente: Betina Botox, o protótipo da "bichinha", Seu Merda, Irmã Selma, enfim: é de rachar o bico.

Borat – O Segundo Melhor Repórter do Glorioso Cazaquistão Viaja À América. Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan. 2006. É filme no melhor estilo ame ou odeie. O ator Sacha Baron Cohen aparece em pegadinhas infames muito bem elaboradas expondo situações ridículas do americano típico, seu preconceito, suas babaquices. Tive que parar várias vezes o filme no DVD para limpar os olhos com medo de perder minhas lentes de contato de tanto que chorei de rir ao ver Borat pela primeira vez. Sacha é a melhor surpresa do humor nos últimos tempos.

7 comentários:

Anônimo disse...

Juca, obrigado pela lista de comédias! Já vi quase todas, mas a lista me fez lembrar que é hora de rever, se não todas, algumas dessas pérolas. Espero encontrá-las. Não sei todas estão disponíveis. Mas, enfim, valeu. Forte abraço.

ALVARITO

Anônimo disse...

Juca,

Eu incluiria apenas a impagável comédia de 1980, filmada na África do Sul: Os Deuses devem estar loucos, que mostra uma imensa diferença social e cultural, quando uma garrafa de Coca-Cola jogada de um avião fazem os nativos acreditarem que é um presente dos deuses. Mas como isto gera uma série de brigas, eles decidem devolvê-la aos deuses, escolhendo um dos nativos para fazer a devolução.

Eu tive a maior crise de riso registrada do alto dos meus quase 50 anos de idade. Mas no fundo, a obra em si gera uma reflexão da modernidade nas diferenças sociais.

Um forte abraço do seu leitor constante,

Flávio Salles

Anônimo disse...

vc ta cada vez mais aguçado nessas letras eletronicas!!!!!parabens!!!saudaçoes!!!

julio braga

Anônimo disse...

Ótima a lista, à qual eu acrescentaria
A vida de Brian e O Jovem Frankenstein.
Imperdíveis.

Abração
--
Dino Gracio
Blogracio
www.blogracio.com

Anônimo disse...

Oi Juca

Amei este email, foi uma leitura que me deu nostalgia.
Adoro cinema, alguns destes títulos eu ainda não assisti, digo ainda pq estou me porpondo neste exato momento a remediar a situação.

Beijo

Marcia

jose ribeiro disse...

Monty Python em Busca do Cálice Sagrado é demais! comecei aí ,com esse filme ,aos 14 anos aprox.a entender um pouco de comédia,que era necessário fazer sério pra ser realmente engraçado.

Anônimo disse...

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