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terça-feira, 30 de novembro de 2010

VOCÊ JÁ TEM O SEU NOVO CÓDIGO GEOMÉTRICO DE LUZ?


A Letra Elektrônica tem dois anos e meio no ar, aqui já se escreveu sobre muita coisa, mas principalmente cotidiano e cultura, sempre com um viés crítico e humorístico. Curiosamente nunca havia abordado assuntos espirituais e afins. Não costumo criticar religião, porque não me sinto competente para dizer o que, ou qual, seria o melhor para cada um. Fiquei surpreso com a receptividade que recebeu o convite a uma palestra sobre o Livro de Mirdad do libanês Mikhail Naymi, vejo surgir o interesse espiritual de lugares inesperados e de pessoas em busca de um caminho.

Toda vez que leio os clássicos esotéricos ou converso com pessoas experientes na chamada “senda Espiritual” escuto verdades e máximas que não são tão fáceis assim de se colocar em prática. Comparo as sutilezas do auto-conhecimento com as aulas de piano, a busca do toque é cheia de detalhes e percalços: forte, meio-forte, piano, pianíssimo! Toca com o braço, solte o braço, use o pulso, use o peso do corpo inteiro! Meu professor Josué Louzada - que Deus o tenha - repetia sempre as mesmas coisas e eu respondia respondão: “Eu já sei”. E ele, sorridente dizia: “Então por que não faz?”

Acontece o mesmo com o caminho espiritual, a certa altura descobrimos que já sabemos o que temos que saber, só não sabemos como o fazer. Já lemos mais de cem livros, reviramos sebos e livrarias atrás de raridades, obras em inglês, espanhol, sabemos tudo, já lemos e ouvimos de tudo e esse tudo é quase sempre a mesma coisa, mas essa coisa nos escapa como um quadro na parede de um museu: ele está ali pendurado, você já o viu trocentas vezes: e daí?

Outro dia, meio por acaso, esbarrei numa reportagem da Revista Trip sobre o guru Brasileiro, Sri Prem Baba. Seu Ashram, ou retiro espiritual, fica perto de Atibaia em São Paulo, até coloquei o link do seu site aqui nos favoritos da Lektra. Curioso, fui assistir uma de suas palestras - ou Satsang – gravada em vídeo. Foi a mesma velha sensação: estava lá aquele senhor barbudo e sorridente falando intimamente daquelas coisas que tanto já conheço muito bem de vista. Parece que estão dormindo com minha amada antes dela me conhecer, me senti um maior abandonado (saravá Cazuza).

Mas o que me chamou a atenção na entrevista da Trip - feita por Arthur Veríssimo -  foi o diálogo que segue:

O planeta está passando por uma grande transformação, parece que está à deriva. Vemos as mudanças climáticas, o aquecimento global, terremotos, vulcões em erupção. Onde iremos parar?

É uma boa pergunta. De fato, esta é a maior mudança da história deste planeta. Sinto que aqueles que estão sintonizados, podendo receber os novos códigos geométricos de luz que estão sendo instalados, vão ficar muito bem. Mas muitos vão ter que se mudar, vão ter que mudar de planeta.

Desencarnar?

Sim.

Temos que preparar o nosso coração pra essa grande mudança?

O que podemos fazer é aprender a lidar com as consequências da mudança. Mas, mudar mesmo, não dá mais tempo.

...

Sentiram o drama, né? Quem aí souber aonde adquirir esses “novos códigos geométricos de luz” pra instalar me mande um email. Pensando bem, do jeito que Vitória é, a Kalyuga – era da destruição – vai detonar tudo por aqui e esses códigos a gente não vai achar nem em camelô pra vender...

sábado, 27 de novembro de 2010

NA SEMANA QUE VEM TEM UM CANTO SOLIDÁRIO

Amiguinho, amiguinho, tão cioso de seu destino. Muita coisa pra fazer e sempre o tempo a recuperar. A equipe da Letra Elektrônica está na cidade de São Paulo verificando a realidade dos engarrafamentos e trazendo um pouco do know how capixaba para o cidadão paulistano já acostumbrado a este evento social automotivo. No início da semana estaremos de volta para participar do projeto Um Canto Solidário cujo (cujo?) convite segue abaixo. Apoie você também essa ideia!

AO CONTRÁRIO DO QUE MUITOS IMAGINAM, APESAR DA DESCOBERTA DE NOVAS MEDICAÇÕES E INFELIZMENTE DA DIMINUIÇÃO DA PROPAGANDA DE CONSCIENTIZAÇÕ SOBRE O TEOR DA DOENÇA, A AIDS AINDA É UMA TRISTE REALIDADE QUE ASSOLA A HUMANIDADE. MUITOS PARECEM ESQUECER HOJE QUE A AIDS NÃO TEM CURA.

ATRAVÉS DA UNIÃO DE ARTISTAS E TÉCNICOS DE VÁRIAS VERTENTES, O PROJETO UM CANTO SOLIDÁRIO HÁ OITO ANOS BUSCA AJUDA FINANCEIRA DE ENTIDADES SENSÍVEIS À CAUSA (BILHETERIAS 100% BENEFICENTES) E TRAZER DADOS ATUALIZADOS DA SITUAÇÃO DA AIDS PARA TODA POPULAÇÃO, PORQUE EM NOSSO ESTADO ESSES DADOS ASSUMEM PROPORÇÕES CRUÉIS E ASSUSTADORAS.

A SECRETARIA DO ESTADO DA SAÚDE E O DSTAIDS/ ES ESTARÃO MAIS UMA VEZ CONOSCO REALIZANDO A PALESTRA DE ABERTURA, DISTRIBUINDO PRESERVATIVOS, FOLDERES E INFORMATIVOS SOBRE O HIV E A AIDS.

AMIGOS ESSA LUTA É DE TODOS NÓS.

AGUARDAMOS VOCÊ NO DIA 1 DE DEZEMBRO (DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS) NO THEATRO CARLOS GOMES ÀS 20HS. OS INGRESSOS (R$20,00 INT. E R$10,00 MEIA) PODEM SER ADQUIRIDOS NA BILHETERIA DO THEATRO (3132-8399/ 8396/8398) OU PELO TEL 9883-8403

ELAINE ROWENA


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

RAPIDINHAS CULTURAIS SUSTENTÁVEIS!


Atrás de ares mais ecológicos e sustentáveis A Letra Elektrônica no último finds esteve visitando a Pousada Pedra Azul. Com vinte e cinco anos esse empreendimento que tem projeto do Zanine na parte arquitetural é um deslumbre, sem falar no lago negro, na natureza e no visual que são um bálsamo para os que estão cansados dos engarrafamentos, do estresse e da poluição.


 Conversando com o pessoal da Pousada lembrei de perguntar sobre o resultado do projeto “Trem das Montanhas” implantado pela Secretaria de Estado do Turismo, mas fiquei sabendo que o mesmo não chegava lá, terminando em Marechal Floriano.  O projeto começou com uma boa divulgação, mas reação negativa do público que de maneira geral achou cara a passagem de R$86,00. Após o lançamento não se viu nada mais sobre os resultados da iniciativa.


Bom seguem alguns convites que estão chegando para eventos pela cidade. Se você ainda não conhece esse espaço da Casa Aberta na tradicional Rua Sete, talvez essa seja uma boa oportunidade:
 

E também o convite da Mostra de Cinema:


CINDERELA EM BUSCA DE UM FELIZES PARA SEMPRE

Falando em cinema acabei assistindo "Comer, Amar e Rezar", produção descaradamente voltada para o público das Cinderelas semi-novas e que pode muito bem ser resumido assim: 

"Princesinha na críse da meia idade não sabe mais o que quer da vida, detona o casamento feito para durar pra sempre e vai espairecer na Itália, porque lá é bacana encher a pança de macarrão. Depois de dar uma quebradinha na Índia para aprender que humildade é esfregar chão, vai parar em Bali onde de dia estuda com o feiticeiro local e de noite enche a lata em festinhas de pegação. Numa destas conhece um Brasileiro - O ator espanhol Javier Barden - com destaque para o sotaque ridículo, para legitimar sua ascenção ao coração da princesa o roteiro discretamente revela que o cara não dava baixa naquele assunto fazia mais de dez anos (Só dez?)! Os dois se apaixonam - porque o amor é a desarmonia do mundo -  e o filme acaba." Não é lindo? Eu hein...

EU QUERO A SORTE DE UM AMOR TRANQUILO

Semana que vem tem Um Canto Solidário, uma homenagem a Cazuza no dia Internacional do Combate à AIDS. A produção é de Elaine Rowena com curadoria musical de Alexandre Lima. Vai acontecer no dia 1° de dezembro, no Teatro Carlos Gomes com a participação de vários cantores, e bandas, exclusive esse escritor que vos fala, interpretando uma versão mushup de Todo Amor que Houver Nessa Vida/Stairway to Heaven. Breve vamos dar mais detalhes...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

PALAVRAS AO VENTO NÃO MOVEM MOINHOS


Fiquei curioso com o título de uma reportagem publicada pelo jornal A Gazeta dizendo que Gilberto Gil seria contra o ensino da música nas escolas. Como milito justamente nessa área, fui ler e descobri, felizmente, ser um daqueles casos em que o repórter pinça uma palavra de uma frase e altera o sentido do que o entrevistado queria dizer. O link da reportagem é o que segue:  http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2010/11/702557-gil+discorda+do+ensino+da+musica+nas+escolas.html

Talvez o termo “obrigatório” tenha ficado grande demais e não coube no título da reportagem, ocorre que se fosse mantido estaria certo o sentido do que Gil queria realmente dizer. Num país no qual ainda somos obrigados a votar e servir exército realmente só faltava obrigar todo mundo a estudar música. Aliás, já pensou que inferno pros ouvidos do alheio?

Só para quem não tem obrigação de saber, o Ministro da Educação sancionou em 18 de agosto de 2008 a Lei Nº 11.769 de (na verdade emendando uma das diretrizes básicas da educação), tornando obrigatório o ensino de música nos níveis médio e fundamental. Importante ainda a gente saber é que, segundo o artigo abaixo, a Lei entra em vigor no ano que vem.

Art. 3o Os sistemas de ensino terão 3 (três) anos letivos para se adaptarem às exigências estabelecidas nos arts. 1o e 2o desta Lei.

Eu estou com o Gil e não abro. Estude música aquele que quiser e manifestar aptidão pra coisa e o governo que seja responsável por fornecer recursos para que isso aconteça. Quer? Então nós vamos te apoiar. Não quer? Então vá treinar futebol ou estudar computação. Cada um na sua, mas com condições para crescer e frutificar seu talento.

PAI DOS BURROS

Circula pela internet uma “aulinha de português” atribuída a um tal José Bones em que o autor condena veementemente o uso do termo “Presidenta” largamente utilizado em toda a mídia após a eleição da Dilma. Seus argumentos são realmente convincentes:

“No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante. O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que tem entidade. Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do gênero, masculino ou feminino. Se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".”

Tudo muito bom, tudo muito bem, salvo que o autor parece ter esquecido de consultar o Dicionário Aurélio onde o termo consta da seguinte forma:

Presidenta: (Fem. De presidente.) S. f. 1. Mulher que preside.

Confesso que eu mesmo embarquei nos argumentos muito lógicos da tal “aulinha de português” e, sem me dar ao trabalho de consultar outras fontes já andava até corrigindo pessoas e embaraçando fedelhos. Me “cambei”, como diria Tom Zé, aliás, mais Zé do que Tom. A verdade, crianças e crianços, é que não podemos confiar em tudo o que circula pela Internet.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

RAPIDINHAS CULTURAIS - LIVRO DO PÓ NA UFES!


COMENDA MAURÍCIO DE OLIVEIRA

Na terça-feira passada, dia 16  de novembro, a família de Maurício de Oliveira recebeu convidados na Assembléia Legislativa para inauguração de uma mostra de fotografias do grande mestre e anunciar os agraciados com a comenda Maurício de Oliveira criada para o âmbito legislativo, já existe uma em âmbito municipal. Recebendo os convidados estavam Dona Luisa, viúva do compositor e suas filhas Eloísa e Ludmila.

Os agraciados são músicos e pessoas que batalham pela cultura aqui na terrinha das trombas d’água, são eles: o músico Abner Costa, antigo colaborador do “Pescador de Sons”; o filho do mestre, Tião Oliveira, continuador de sua obra musical; O Maestro Titular da OFES Helder Trefzger. Também de nossa filarmônica foram agraciados os músicos Antonio Paulo Filho - o conhecido fagotista/saxofonista Toninho - e nosso eterno menino prodígio, o violinista Hariton Nathanailidis. Foi homenageado postumamente o pianista Hélio Mendes com quem Maurício, entre outros músicos, formava o famoso Trio Vagalume.



A nota pitoresca ficou por conta do discurso de abertura e boas vindas, proferido pelo deputado “Da Vitória”, reeleito para mais um mandato. Vamos combinar que o tema da música clássica não deve ser familiar para a maioria dos parlamentares, mas bem que alguém podia dar uma assessoriazinha, afinal, chamar Chopin (pronuncia-se chopân) de “chopinho” acaba despertando os humores da galera boa de bico, já não muito satisfeita visto que hoje em dia não se servem mais bebidas alcoólicas em eventos oficiais. Vão-se longe os tempos do Alamdén e do Liebfraumilch... Eita ressaca!

PRIMEIRA DAMA

A nação de produtores culturais do Espírito Santo não está em polvorosa, mas bem que deveria. Afinal um dos nomes mais cotados para suceder Juca Ferreira no Ministério da Cultura em Brasília é o do compositor mineiro Wagner Tiso. Segundo o Anselmo Góis tem até abaixo assinado circulando pela Internet para sugerir a Dilma o nome do pianista. E o que nós temos com isso? Bem, segundo sites como a Wickipedia Wagner Tiso está casado desde 2007 com uma jovem pianista aqui da nobre e esquecida terrinha do mel. Tá bom. Quer saber mais? Clique no link abaixo:


NOVA VILA VELHA

O Professor Roberto Belling encaminha convite para seminário que irá discutir políticas públicas no município de Vila Velha.

 
MÁQUINAS DO MUNDO

O “fazedor de textos” Orlando Lopes convida para o minicurso “Máquinas de mundo: como um tema se propaga nos fazeres da literatura.” O assunto foi tema de tese de doutorado do autor a partir de um poema de 1951 de Carlos Drummond de Andrade. O curso tem apenas 15 vagas e vai acontecer no IC-III na UFES nos dias 23 e 30 de novembro de 18:30 às 21:30. É target para estudantes de graduação interessados em participar de atividades de pesquisa envolvendo discussões sobre Poética em perspectiva comparada e transdisciplinar. Para maiores informações escreva para o email: ldtccletrasufes@googlegroups.com

POR DENTRO DO LIVRO DO PÓ NA UFES

No dia 23 de novembro vai ter também apresentação da palestra “Por Dentro do Livro do Pó” na qual o escritor Juca Magalhães aborda os animados anos 80 do liberou geral pós-ditadura e a trajetória meio fictícia da banda Pó de Anjo. O encontro será no EDII na UFES, a partir de 18:30 até as 20 horas, na classe do  professor Ricardo Chagas do curso de biblioteconomia, mas é aberta gratuitamente a outros participantes. Além de falar sobre o Livro do Pó, o autor - inclusive aqui da Lektra - toca também algumas canções da época e vai sortear um exemplar da obra. Para maiores informações ou agendar uma palestra em sua instituição ligue: 27 9942 9087.


REVISITANDO BRASÍLIA - PARTE 2 (RAPIDINHAS)


Né por nada não: mas qual era o número mesmo da galera do Ali Babá?

O Congresso Nacional estava um furdúncio, aquela era a primeira semana válida – sem feriados - após as eleições, Brasília fervilhava de prefeitos de todas as partes da nação, certamente todo mundo atrás de cobrar seus compromissos de campanha, através das tão famosas emendas parlamentares. Só aqui do Espírito Santo havia chegado um avião com quarenta (!) alcaides, mais da metade do total, fora os assessores. Deve ter sido um vôo no mínimo bastante animado, mas já pensou se essa moda de urubu atropelar turbina pega e - Deus me livre - acontece uma tragédia?

Até tu Brutus?

Quem estava na quarta-feira na entrada da Câmara dos Deputados era a “japa” do programa Pânico na TV, Sabrina Sato. As confusões do Enem eram tema da, digamos assim, matéria televisiva. Tinha uma roda grande de adolescentes doidos para aparecer na televisão gritando o tempo todo “Ah Muleke!” e mais um monte de gente se espremendo para tirar fotos com câmeras e celulares. Nós da Lektra exclusive...

 
Os votos da cultura

Antes de voltar aqui para a terra das trombas d’água, pagamos uma visita ao célebre editor de música Bohumil Med, cuja loja Musimed tem o maior acervo da América Latina. Bohumil mostrou orgulhoso suas próximas publicações e, em contrapartida, recebeu de presente um exemplar de O Livro do Pó. Falou dos projetos vitoriosos de música em cidades do interior do Rio de Janeiro e que andaram calculando que cada criança atendida gera trinta votos ao apoiador. Estamos aqui trabalhando pra moda pegar.

 
Procura-se baixista com atitude rock ‘n’ roll

Demos uma parada ainda para conhecer a Fnac de Brasília que fica no Park Shopping - um desses aglomerados de lojas, gigantesco e dantesco também - porque lá ia rolar um pocket show com a cantora carioca Katia Dotto que lançou faz um tempinho o disco Amabile. A programação cultural da Fnac é muito variada e interessante, alguma das livrarias locais devia tocar projetos semelhantes no Shopping Vitória ou em outro. A apresentação de bolso da menina valeu como epílogo para nossa estada em Brasília, sua baixista parecia uma versão feminina - ma non troppo - do Rambo.

Como eu queria ter uma baixista assim para substituir eventualmente o Danny Boy nos shows com o Pó, ahê aceito sugestões... A candidata além de tocar baixo, evidentemente, tem que cantar e, sobretudo, ter atitude Rock ‘n’ Roll. Podem ficar tranqüilas, porque o teste do sofá não é necessário, nem prévia experiência. As interessadas podem mandar um email para aletraelektronica@gmail.com


 No Blog da Katia Dotto tem o disco Amábile pra baixar, não vou dizer que é de graça porque você paga internet e tem que comprar a mídia virgem, enfim, vale a pena conhecer:

http://www.katiadotto.com.br/

REVISITANDO BRASÍLIA - PARTE 1


A visita a capital do Brasil foi um deslumbre, porém, achei os Ministérios muito sucateados. Aliás, impressão geral sobre tudo o que é estatal em Brasília. Do jeito que foi feito lá nos anos sessenta/setenta ficou. Prédios antigos e decadentes, canteiros mal cuidados, aparelhos de ar-condicionado enormes e enferrujados, divisórias caramelo daquelas que só se via antigamente, carpete em vários lugares e pessoas nordestinamente muito simpáticas, oxente, a bem da verdade.

Outra coisa recorrente em Brasília é a preocupação com a superbactéria KPC, em quase todos os lugares públicos que estivemos havia cartazes explicando que o perigo de contaminação não estava mais restrito aos hospitais e pedindo a todos que higienizassem as mãos com álcool em gel, cujos recipientes se espalhavam por todos os cantos de shoppings, hotéis, repartições públicas, etc.

Fomos então para o encontro sobre o Programa Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura – Procultura, no Auditório Nereu Ramos, na Câmara. Tinha uma galera de produtores culturais debatendo as mudanças na nova Lei de Incentivo à Cultura que estava sendo votada naquele momento e foi aprovada, falta só a sanção de Lula. Na mesa estavam os deputados Angelo Vanhoni, a deputada baiana Alice Portugal, o ator Odilon Wagner, o Secretário Municipal de Cultura de São Paulo – Carlos Augusto Calil, entre outras figuras do cenário cultural a maioria do eixo Rio/Sampa.

Em seus discursos a autoridades falaram de “aprofundamento estético”, empregabilidade, coerência de dados sobre arte e cultura e as grandes mudanças no novo Plano Nacional da Cultura. Curiosamente o tema da sustentabilidade não surgiu em nenhum momento. Sugiro os companheiros envolvidos a se informarem melhor sobre as mudanças na Lei e também a conhecerem de imediato a Normativa No 1 de 05 de outubro último. Está chegando a hora da produção local almejar a integração de sua arte ao cenário nacional e isso não será feito sem dominar a captação dos recursos federais.

Segue o Link:

sábado, 20 de novembro de 2010

ATÉ NAS ALTURAS O JUSTO PAGA PELO PECADOR


Como os amigos podem ver, não tenho tido – tenho tido é feio – não tá me rolando mais muito tempo pra me escrever-me a mim e entre nós também. Dias vêm, dias vão, um compromisso atrás de outro rabo do cometa. Aliás, é bem assim: Xazam, Xerife e a sua velha Camicleta. Silvio Santos e Hebe Camargo – o Simão disse que se retirarem o FGTS da Hebe conseguem salvar o império de Lálálálá. Um cara de cabelos enrolados e uma garota de camiseta rosa. Somos nós aqui, somos nós pelo Brasil...

Última parada: Capital Nacional, reino do faz de conta!

Cidade grande, largas avenidas, prédios velhos e sotaque de baiano. Chovia, nem sentimos o clima seco do planalto central. Na volta dormi no avião, a aeromoça me acordou com impaciência, me empurrava um pacotinho de Rufles. Houve épocas em que viajar assim era coisa de bacana, tinha todo um colorido Trans-Brasil, até estrogonofe a gente comia num vôo boboca daqui pro Rio de Janeiro. E as aeromoças? Eram beeem mais simpáticas.

Acordo sendo chamado impacientemente de senhor – onde foi parar o respeito aos semi-novos? - pensei em retrucar – como muita gente gosta – que o “senhor” está no céu, mas para meu azar estávamos nós lá nas alturas mesmo e ocorre também que aquele céu estava longe de me ser um paraíso para mim a me contigo. Senhor o meu pé e meu cotovelo! Quem quer ser acordado no meio da noite para ter o infinito prazer de comer batatas secas? Vai bocejar em casa...

Desconfio que a moça desenvolveu o costume de acordar os outros, porque certamente algum espírito de porco dormiu e depois arrumou barraco dizendo que ficou sem lanche. Essas coisas são assim. Tem uma frase que não gosto, mas retrata essa situação e tem sido muito repetida ultimamente fora dos meios evangélicos: “O justo paga pelo pecador”. Essa é a tônica da sociedade atualmente, todo mundo se ferra por causa de dois ou três babacas. Nós mudamos. E os babacas? Eles continuam do mesmo jeito.

Uma vez perguntaram, não lembro agora se foi a Confúncio ou a Lao Tsé:

- Mestre, o senhor acha que se deve retribuir o mal com o bem? Devemos fazer o bem a quem nos faz o mal? Ele respondeu com outra pergunta:

- Se retribuirmos o mal com o bem, com o que iremos pagar ao bem? – Então explicou: - É preciso pagar-se o bem com o bem e o mal com a justiça.

Longe se vão os tempos em que havia sabedoria no mundo... Ah sim, e também longe se vão os tempos em que ser acordado por uma sexy aeromoça poderia ser sinônimo de altas aventuras...