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terça-feira, 6 de outubro de 2009

CONTOS DA CAROCHINHA ALCOÓLICA

Como está dito no texto de apresentação da Letra Elektrônica, esse é um espaço aberto a participações de amigos e colegas a fim de contribuir para a nossa cultura. Curioso que, após mais de um ano do blog, poucos foram os que se dignaram a me enviar seus causos. É com alegria então que publico esse bem humorado, politicamente incorreto e filhote da década perdida “Conto da Carochinha Alcoólica”.


Por razões óbvias o autor – pessoa pública de nossa sociedade - pediu que fosse respeitada a sua identidade secreta, aproveito também para dizer que não concordamos com tudo o que está escrito no texto – especialmente no que se refere à novela da Globo – nem recomendamos o mau hábito de “beber e dirigir”, apesar de reconhecer que certos “prazeres” são muito difíceis de se abandonar... Segue o texto:


Eu nunca fui um cara, ou melhor, motorista, em dia com as minhas obrigações legais e tributárias, isto é, desde que me conheço como motorista (isto há uns breves quase 30 anos). Comprei meu primeiro carro, um fusca - se é que vocês chamam isso de carro - em 1980 e comecei a dirigir sem experiência nem carteira, às vezes bêbado, às vezes "sob a influência" e nem aí com o risco de ser preso, multado, ter o carro ou a carteira apreendida. Por várias vezes passei em blitzes fazendo um aviãozinho, com os documentos do carro desatualizados (licenciamento do carro atrasado, etc).


Sempre tive a sorte de não ser parado, ou quando era, jogava um papo qualquer para cima do guardinha (dos tipos: você sabe com quem está falando ou: você sabe de quem sou filho?) e nada rolava, eu era liberado e pronto. Hoje sou um cara renovado, acabei de quitar o licenciamento do meu carro (atrasado desde 2007) e doido para ser parado numa blitz ou em qualquer outra situação para tirar onda com os "homi".


Recentemente, saindo de um boteco bem popular de Vila Velha, depois de uns gorós para fechar o dia com chave de ouro, fui parado por um guardinha. Eu estava com a minha filha pequena no carro, depois que a peguei no colégio resolvi passar num barzinho que tivesse playground para "ambos" nos divertirmos. O guardinha pediu meus documentos e assim o fiz, todo orgulhoso em poder fazer uso do meu gasto tributário. Ele também me perguntou se eu havia consumido bebida alcoólica, já que onde ele estava era próximo ao lugar que eu havia acabado de sair. Pela cara de pau dele me perguntar isso, resolvi responder à altura:


- Não senhor. Quero dizer, levei minha filha para brincar e na ocasião tomei "uma" cervejinha para molhar a garganta e só. - Ele não acreditou muito ao ver minha cara de bobo alegre e resmungou:


- Isso é o que todos vocês falam...


Aí me enchi de razão e fui cortar a onda dele, que com aquela tranquilidade e pela minha experiência de abordagens passadas, estava ali só para descolar "um extra" pro fim de semana.


- Seu guarda, deixa me ver se entendi o senhor: eu por acaso faço parte desses "todos dizem a mesma coisa" ou o senhor só está pensando alto? - Ele meio sem graça e ao mesmo tempo querendo resgatar a moral em baixa, retrucou:


- Não, é porque... - Neste instante o interrompi dizendo:


- Sim, porque se o senhor diz isso de mim, é o mesmo se eu chamasse todos os guardinhas de "Abel. - Para os desocupados de plantão: "Abel" era o nome do guardinha chifrudo, esposo da santa "Norminha", que todas as noites antes de ir para as suas aventuras noturnas, dava um leitinho quente com sonífero para o mané dormir, na saudosa novela das 8 "Caminhos da Índia".


Se ele entendeu o meu recado ou não é problema dele, eu continuo indo e vindo...


2 comentários:

Anônimo disse...

Resposta ao inadjetivável texto: ...indo e vindo até que um poste o encontre...se Deus quiser...
Patético esse ser se orgulhar de dirigir bebado, com uma criança no carro ainda por cima...
Acordei séria hj.

E depois de assistir a uns eventos maravilhosos na semana do transito, me embrulhou o estomago ler isso!

Sorry, Anjo...mas acho que vc mandou mal hj...rsrsrs
Beijos! E um ótimo dia prá vc tb!

Paula P.

SILVANA PEDRINI disse...

Concordo com a Paula.

Acho que não se tem muito a dizer quando sabemos este é apenas um exemplo do que não se deve fazer no trânsito.

Abraços