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terça-feira, 19 de julho de 2011

DA IMPORTÂNCIA DAS SACOLAS PLÁSTICAS


Uma vez apresentei um evento - para quem não sabe trabalho como mestre de cerimônias, indicações são bem vindas - em que um palestrante criticava a forma como as mudanças são implementadas no Brasil. “Lembram da carteira de trabalho que antigamente a gente tirava na mesma hora? Pois é agora informatizaram tudo... Leva duas semanas pra ficar pronto.” Serviços que antes eram gratuitos passam a ser cobrados, outros que eram cobrados uma vez passam a ser de cinco em cinco anos e por aí vai...

Pode reparar amigo, a cada nova Lei aprovada a vida fica mais cara e mais complicada. São mais impostos, taxas e multas cada vez mais absurdas. Sempre, eu diria até maquiavelicamente pior, com a justificativa da “defesa da vida” ou então da soberania da nação como é o caso absurdo – mas bota muito absurdo nisso! – das cobranças em Vitória de “taxa de marinha”. Que hoje é defendida até pelo PT, imagine só, porque o superintendente daqui é o Magno Pires, meu amigo inclusive. Pô Magno...

Um querido primo me dizia que um dos indicativos para se julgar a qualidade da administração de uma cidade são os seus jardins e ele, que não mora aqui, emendou: como estão feios os jardins de Vitória. E é verdade. Já tivemos a cidade melhor cuidada de uma maneira geral, especialmente o trânsito que é algo básico na vida de todo mundo. Já reparou que é no básico que a corda aperta?

Pegue a terceira ponte como exemplo. Entregue há vinte anos ou mais. Construída com dinheiro do povo, pagamos pedágio para circular nela até hoje, ida e volta, cada vez mais caro. Para quem - aonde - vai esse dinheiro? Imagine quanto é arrecadado diariamente ali. No domingo passado íamos para Vila Velha almoçar com um sobrinho e fomos surpreendidos por um baita engarrafamento. Ao que parece um rapaz tentava suicidar e fecharam a ponte. Foi um caos! Isso no domingão, ninguém paga meia...

O nosso país é legislado hoje como é pensado o trânsito de cidades como Vitória. Cada mudança feita dificulta pro motorista, não resolve o problema e encarece a vida. Vide como exemplo aquele cruzamento da Avenida Desembargador Santos Neves que antes desaguava na Reta da Penha e hoje há que se dar uma volta no quarteirão, com três semáforos - ou mais, nem sei - para chegar ao mesmo lugar. Aliás, deve ter melhorado o trânsito mesmo, porque eu nunca mais passei por ali...

É triste pensar que o Brasil está com a economia bombando e a vida da população ao invés de melhorar só piora com mais impostos, taxas, radares escondidos, multas e nada disso retorna em benefícios. Os crimes contra a vida aumentam, os acidentes de trânsito também e nos hospitais públicos e nas cadeias amontoam-se presos e pacientes pelos corredores. Enquanto isso acontece, discutem-se sacolas de plástico, talvez porque pensar um meio ambiente seja mais fácil do que o ambiente inteiro...   

8 comentários:

Anônimo disse...

54 sinais de trânsito, do aeroporto à cidade...

Clébio

Anônimo disse...

Juca
Obrigado pelo empurrão, sua mensagem, no trecho "sacolas plástica",
me deu fôlego para um post no Blogracio, que pulicarei ainda hoje.

Abração.

Essa história de dispensa do uso de sacolas plásticas, especialmente
no que diz respeito a - grandes - supermercados, é o maior H.

Verifiquei que são em MILHÕES e mensalmente, por exemplo,
nos supermercado Carone, rede capixaba, as sacolas plásiticas hoje
ainda disponibilizadas "gratuitamente" para os clientes.

Tentei saber qual o custo dessas sacolas para os super, mas
não consegui.

Esses milhões de novas sacolas, já em uso, têm um claro aviso que são OXIBIODEGRADÁVEIS - ou seja, podem demorar algum tempo para
serem absorvidas naturalmente pela natureza,
mas não em centenas de anos como as sacolas antigas.

Então, camarada, ficará assim:
Supermercados e congêneres, em especial os de grande porte,
economizarão MUITO, muito, muito, por não comprarem mais as sacolas.
Fabricantes de bolsas e sacolas - têm rodinhas! - de pano, lona, plásticos não descartáveis (?),tudo ecologicamente correto, faturarão uma até há pouco inesperada grana.

O consumidor que se embrulhe para separar, nesses sacolões naturebas, coisas como inseticida e arroz.
Claro, existirão sacolões de grife, pois, óbvio, figuras ricas ou metidas a
não irão usar os mesmos bolsões que D. Maria, a costureira.

A seguir, o melhor de tudo para os comerciantes e fabricantes das sacolas plásticas
que, repito, já são OXIBIODEGRADÁVEIS.

Caso alguém queira, sim, usar sacolas plásticas para, como exemplo, separar
inseticida e produtos de limpeza de alimentos, encontrará sem problemas sacolinhas plásticas nos supermercados da vida.
MAS, VENDIDAS pelo módico preço, é o que estimam no comércio e ouvi,
20 centavos por sacola.

Ganham todos, menos o consumidor, q

Vá proteger o meio ambiente assim na sacola que os parta!

Dino Gracio do blográcio.com

Anônimo disse...

O mais engraçado é que poucas pessoas tem esta consciência... a grande maioria não só desconhece a realidade do Brasil, como a ignora. Parabéns pela lucidez!!

Abraço!!

Bruno Pagotto Zambon

Anônimo disse...

Pois é amigo Juca vc está com toda razão em suas alegações judiciosas.
Moro bem aqui no entroncamento das pistas que vc citou, colado da Vivo. Tenho que ficar vivo para não morrer atropelado quando saio de casa, pois o trânsito aqui está D +
Vou mudar. se Deus permitir.

Abraço Odilson.

Juca Magalhães disse...

Mude sim Odilson, mas temos é que mudar esse país de Romários e Tiriricas!

Breno Volpini disse...

Nem discuto mais essa questão do transito!
Com um sistema de transporte público tão tosco, nao me admira a quantidade de carros na rua.
Aliás, faz-se uma exaltação ao automóvel particular! O status vem na frente de qualquer outra coisa, inclusive a vida.

Em relação à taxa de marinha, acho que seja uma forma inútil de compensamento. Antes, eu acho que nem deveria haver construções ali. Assim como tb acho que nao deveria haver construções em beirada de rio.
Mas como há, que seja compensada de alguma forma - e isso nao deveria ser entendido como punição. A taxa nem deve ser bem empregada... aliás, nem sei como o dinheiro pode resolver um desmatamento ou aterro.

Breno Volpini disse...

Em relação a Romário e Tiririca, tenho ressalvas.
Romário foi o único que peitou a CBF em relação a Copa.
E tiririca é o único deputado q enxugou os gastos com gabinete e dispensou aqueles auxílios absurdos. (logico q depois q ele fez, veio um monte na sombra dele o imitando).

Juca Magalhães disse...

Tem razão Breno, se bobear Romário e Tiririca serão bons exemplos perto do que tem em Brasília desde que surgiu...