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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

RAPIDINHA CULTURAL - DO VIOLÃO

Acabei de ler no site da Revista Concerto que faleceu no último dia 17 de janeiro o cravista Gustav Leonhardt. Fui apresentado a algumas peças de Bach através de suas gravações, referência de orelha para os aspirantes a batucadores de instrumentos de teclas. Entre estes estava uma menina chamada Ana Claudia, minha professora, tão paciente; até hoje me pergunto como foi que ela deu conta de me musicalizar, eu já com mais de vinte anos. Era motivo de orgulho pra Ana dizer que eu era o único adulto que ela conhecia que tinha aprendido a tocar piano “depois de grande”.

Olha que o tempo passou, mas não me sinto “grande” até hoje, nem aprendi o tanto do piano o quanto gostaria. Às vezes parece que a gente se sabota, arruma coisas, outros tantos trabalhos e tarefas só para não fazer o que realmente queremos ou mesmo gostaríamos de ter feito. Muitos então nos tornamos reclamões e críticos, tacamos logo pedra em qualquer um que se atreva a tentar fazer aquilo mesmo que nunca conseguimos, chutamos crianças quando estão aprendendo a andar. Porque não existe ninguém bom, lição amarga, aprendida na linha do tempo.

Tenho uma gravação do Cravo Bem Temperado com o Leonhardt, porque estava em um sebo de São Paulo e o dono da loja disse que eu não podia sair de lá sem aquele disco. Disse que tinha assistido um recital do cravista lá em Sampa e que depois da apresentação foi lá cumprimentá-lo, era fã de carteirinha que nem a Bolinhas com a tia Rita Lee. A gravação dessa obra de Bach é referência total, superlativa, elogiar seria até bobagem. Mas não pude agradecer a indicação, tempos depois quando voltei no sebo o dono tinha falecido, vítima do Mal de Chagas... Coisas da vida.



Como essa é uma rapidinha cultural, não posso deixar de convidar a galera para um recital internacional de violão clássico que vai rolar de graça hoje no Carlos Gomes, catei algumas infos sobre o artista que vai se apresentar no coparampa.com.br:

Vem aí o húngaro Sándor Mester, ou MS3, em única apresentação. Com apenas 16 anos de idade, Sandor venceu o prêmio Nacional da Hungria de Guitarristas, concorrendo na cidade de Torino. Hoje é o violonista clássico com maior número de concertos na Europa Central e Oriente, seu repertório abrange 600 anos de música clássica desde o Renascimento até os dias de hoje. 

Em 1998, teve sua carreira ameaçada devido a uma doença chamada "distonia focal" que paralisou sua mão direita. Enquanto lutava por sua recuperação, inventou uma nova maneira de fazer música digital concorrendo a patente com a "Digital Improvisation" (DI), fundando a Digimpro KFT em Budapeste (2000) e Digimpro Ltda em Londres (2003). A tecnologia DI já foi usada por grandes estrelas como: Robbie Williams, Roots, Manuva, Erasure e Moby. Retomou sua carreira em 2003, realizando mais de 500 concertos até 2005, em diversos países. Segue o flyier (voador em inglês):


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