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terça-feira, 10 de agosto de 2010

CHICO XAVIER O FILME: ANSEIOS E RECEIOS


Quando soube do filme sobre o Chico Xavier não me animei muito a o assistir, justamente por conta das críticas antecipadas que muitos fizeram: por ser um filme “Global”, porque o diretor tem cara de mala e o elenco era o mesmo das telenovelas. Acabei tendo uma surpresa muito boa, daquelas que não se tem todo dia. Confesso a vocês que hoje não sei muito bem o que pensar da religião, o assunto e o filme mechem com todos nós, em nossos receios e anseios mais profundos, nas dúvidas mais difíceis de serem sanadas e em saudades daqueles que já se foram.


A história é contada de maneira despretensiosa, aborda com delicadeza assuntos que poderiam soar piegas facilmente: a descoberta da mediunidade, a decisão de trabalhar pelo bem estar dos outros sem se preocupar em “enricar”, como muito exaltado comenta o pai de Chico em dado momento. Conheço muitas pessoas ditas “religiosas” cujas atitudes passam longe da fraterna compreensão e do respeito ao próximo, o que adianta saber a Bíblia de trás pra frente se o que se pratica é muito diferente do que está lá?


Me surpreendi muito com a atuação firme de Toni Ramos e com a direção de Daniel Filho, o clímax da história é muito bem conduzido, impossível não se emocionar. O Ângelo Antônio já havia se sobressaído como o pai do Zezé de Camargo no filme Dois Filhos de Francisco e agora só fez consolidar minha admiração, esse ator vem fazendo um dos melhores trabalhos do cinema nacional, talvez ainda não tenha alcançado uma maior notoriedade por não fazer o indefectível e popular estilo bonitão.


A produção encanta pela simplicidade do médium de Uberlândia, seu desprendimento, seus medos, suas pequenas vaidades. Muito humano como todos deveríamos tentar ser um dia, uma mensagem muito diferente dessa realidade competitiva em que somos cada vez mais por nós mesmos e em que a solidariedade ao próximo se tornou obsoleta, o que vemos são homens muito bem vestidos e falantes sem o menor escrúpulo de capitalizar a fé, ou a crença das pessoas humildes e “enricar” em sua aflição e crédula ingenuidade.


No ano passado recebi duas cartas psicografadas de minha falecida mãe, eram mensagens de paz e de aceitação do destino, talvez por isso não tenham sido levadas a sério pela maioria dos familiares que não reconheceram nem um traço da personalidade forte daquela mulher desaparecida há mais de vinte anos. Eu gosto de imaginar que o tempo fora daqui tem a capacidade de mudar as pessoas e de alterar seus valores pessoais, muito mais do que tem a velocidade sobre a face de Gaia. Para mim essas cartas não fizeram diferença, mas pra muita gente elas fazem e é esse o grande lance do filme Chico Xavier. Veja lá e depois me fale...

2 comentários:

Anônimo disse...

Juca passei para conhecer seu blog ele é not°10, show, espetacular desejo muito sucesso em sua caminhada e objetivo no seu Hiper blog e que DEUS ilumine seus caminhos e da sua família
Um grande abraço e tudo de bom
Ass:Rodrigo Rocha

Anônimo disse...

А вообще, не зря blogonews называется местом сбора всего самого увлекательного. [URL=http://blogonews.net]Интересный сайт[/URL] - безусловно верное название блога.