Páginas

terça-feira, 18 de setembro de 2012

CULTURA E TERRITÓRIO CAPIXABAS: DIVERSIDADE, BELEZA e FUTURO

Faz tempo que não rola uma participação especial aqui na Letra Elektrônica e como nossa especialidade é descer o malho no capixabismo, vem aí um texto pregando exatamente o contrário que é só pra provar que nós somos que nem o Chacrinha: "viemos pra confundir..."

Aos que se assustam com perspectivas otimistas vai um conselho: não leiam este artigo.

É clássico definir-se cultura como “um conjunto que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade” (Edward B. Tylor).

O termo cultura pode abrigar uma infinidade de outras definições, pois este mesmo conjunto que o forma varia de acordo com a sociedade que o abriga, a qual sempre irá interpretá-lo à sua maneira.

Usando e abusando do termo, entretanto, podemos afirmar que nós, capixabas, abrigamos em nossa cultura o melhor retrato da diversidade do continente Brasil, e dela temos prova exatamente no viés da nossa identidade.

Nossa identidade cultural é tão complexa e multifacetada que pode ser confundida com "não identidade" por um desavisado. Não somos facilmente identificáveis, mas somos facilmente admiráveis, pois somos, ao mesmo tempo, botocudos, guaranis, africanos, portugueses, alemães e italianos, sírios e libaneses, só pra citar a parte maior do caldeirão que nos forma.

É nesse caldeirão, panela de barro, que produzimos qualidade de vida entre as melhores do continente e começamos a pisar no precioso e infinito território denominado futuro. Somos agora não só minério, celulose, café e navios: somos petróleo, somos software, design, tecnologia em meio ambiente, e nosso limite, repito, é o infinito.

Somos também mar e montanha, areia e pedra, quente e frio, norte e sul. Somos moqueca e polenta, peixe e paca, orquídea e beija-flor, altos e baixos Jucus e Guandus.

De Guarapari, o paraíso de praias radioativas que resiste heroicamente a décadas de maus tratos, até Pedra Azul, nosso monumento de granito que desabrocha hoje seu potencial turístico internacional, quem visita o Espírito Santo é invariavelmente tomado de surpresa e encanto.

Nós, hoteleiros capixabas, presenciamos dia após dia essa descoberta e deslumbramento, seja dos capixabas, com sua própria terra, seja dos visitantes brasileiros e de todo o mundo, com a terra bendita do Espírito Santo.


Do alto da Pedra Azul, agora candidata na UNESCO a Patrimônio Natural da Humanidade, até o Convento da Penha, futuro Patrimônio Cultural e Histórico do Planeta, fica fácil vislumbrar que o novo século nos trouxe o momento de colher os frutos das sementes plantadas por gerações de valorosos capixabas, que trabalharam e confiaram neste futuro que se faz presente.

Leonardo Tristão,
Diretor da Pousada Pedra Azul, Informático e capixaba fanático.

Nenhum comentário: