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sábado, 28 de março de 2009

PROTESTO!!!

Carlos leitores Elektrônicos: o convite que eu fiz deu cria e aqui o debuto - com a ressalva legítima de não concordar exatamento com a opinião do autor - porque acho muito válido trazer à baila esses questionamentos...

"Ô Juca você só esqueceu de falar que esse edital não passa de um cala boca do atual governo. Só a Lei Rubem Braga distribuiu R$2.800.000,00 no ano passado, Lei que atende apenas o municipio de Vitória, fora as outras tantas ações da secretaria de Cultura da Capital.

Então, cabe bem perguntar: Cadê a Lei de incentivo à cultura do Estado como um todo? Ou o Espírito Santo só tem artistas na região da grande Vitória? O que está sendo feito para incentivar as comunidades distantes e que não têm nenhum acesso à cultura?

E ainda: Quais outros patrocínios e políticas culturais o Estado tem pra oferecer? O que é esse tal de "Fundo de Cultura" que falaram lá no lançamento dos editais? Como é que isso funciona?

Esse dinheiro dividido por tantos editais não passa mesmo de um constrangedor "Calaboca Zé Ninguém"! Dividindo-se o montante pelo número de editais de forma simples, qualquer um vai perceber que o Governo do Estado está dando uma pequena gorjeta para os artistas capixabas!
Isso, pra não dizer emola mesmo!!!

Então, me desculpe irmão, não dá pra bater palmas não, nem mesmo fracas e seguramente sem som...

Nós artistas precisamos é nos unir e nos organizar para parar com essa coisa de sermos usados!

Um abraço.

Marcão na Contramão!"

quinta-feira, 26 de março de 2009

Aos Companheiros que militam na produção cultural do Espírito Santo

Amanhã - dia 27 de março - às 10 horas da manhã, a Secretaria estadual de Cultura estará lançando os seus 18 editais de incentivo a cultura com investimentos para esse ano de 2009 da ordem de R$3.239.000,00. É uma boa oportunidade para os agentes culturais se manifestarem e demonstrarem sua força, sobretudo, de corpo presente.


É um fato que a classe artística capixaba fez no passado inúmeros protestos e reivindicações importantes - muitas vezes da maneira teatral e histriônica da classe - mas que nem sempre se reverteram de imediato nos benefícios desejados. Essas atuais conquistas são prova que o grande esforço dessas gerações passadas não foi em vão e que a classe atual precisa também fazer o seu dever de casa. Bem me lembro que há vinte anos atrás quase nada se fazia em relação ao incentivo à produção cultural local e hoje essas conquistas, com todas suas limitações e formatações burrocráticas, precisam ser saudadas com o devido entusiasmo.


Estou enviando esse convite a pedido do amigo Sérgio Blanc e dos demais representantes da atual gestão governamental - com a qual não concordo em muita coisa - mas que faço questão de ser o primeiro a aplaudir e apoiar quando o assunto é do interesse de nossa comunidade cultural. O lançamento será no Palácio Anchieta, como já disse, dez da manhã. Nos vemos lá?


Bora lá rapá...!


RESUMÃO ELEKTRÔNICO:

O que é? Lançamento dos Editais da Cultura 2009

Que hora que é? Dez da manhã

Onde é? Palácio Anchieta, centro de Vitória.

Com que roupa eu vou? Traje Passeio em Pasárgada.

segunda-feira, 23 de março de 2009

SEM PAUTA E SEM DOCUMENTO...

Tempos atrás circulava pela Internet uma carta anônima que causou um certo rebuliço pela cidade, trazia uma enorme quantidade de revelações bombásticas pretendendo mostrar que os fatos divulgados após a tal “Operação Naufrágio” seriam apenas a ponta de um gigantesco iceberg que envolveria praticamente todas as pessoas importantes do Espírito Santo. Claro que li a carta, ela logo me chegou pela Internet. A princípio fiquei desorientado, rolavam nomes de muitas pessoas conhecidas, acusando e denunciando esquemas e bandidagens de tudo quanto é jeito e tamanho. Ora, pensei: que diferença isso faz para mim? E a resposta para essa indagação veio lá na frente quando o escritor anônimo – agora estão dizendo que o misterioso autor seria um advogado professor de direito de faculdades locais – fala trivialmente que:


“uma antiga colunista aqui, Laurita, foi assassinada porque estava extorquindo gente grande da alta sociedade”.


Não disse com todas as letras, mas claramente estava se referindo, ou melhor, sugerindo uma nova linha de investigação para o escabroso assassinato da colunista Maria Nilce, crime que no próximo dia 05 de julho estará completando vinte anos!


Digo que essa informação faz diferença para mim, porque, nem todos sabem, mas sou filho de Maria Nilce Magalhães e vivi junto com minha família todo o drama de ter um ente querido eliminado de forma tão covarde, em plena luz da manhã, numa calçada movimentada da Praia do Canto da maneira que foi. E digo que o também covarde autor dessa carta inovou porque o crime foi investigado como vingança por coisas publicadas pela jornalista em sua coluna no Jornal da Cidade, sendo condenado a 13 anos de prisão como mandante o “empresário” José Alayr Andreatta. Então, de onde será que o autor da carta tirou essa versão maledicente e, sobretudo, inverossímil para a morte dessa conhecida colunista social? Será que ele está sabendo mais do que a polícia que investigou e a justiça que julgou o caso ou está querendo também insinuar que todos se venderam aos verdadeiros mandantes para encerrar o assunto, como muitos acreditam?


Desde a morte de Maria Nilce circulam pela cidade versões estapafúrdias para esse crime brutal, tentando transformar a vítima em vilão como se o que aconteceu fosse pouco. A jornalista e empresária tinha inimigos poderosos, muitos destes hoje amargando um merecido ostracismo, mas que não se contentaram com seu desaparecimento; denegriram sua imagem, perseguiram nossa família e trabalharam duro e impiedosamente para fazer com que as pessoas se lembrassem dessa mulher apenas por suas piores facetas - Deus sabe que todos as temos - e para fazer com que se acreditasse que por ser tão ruim ela teve o fim que mereceu.


Pelo comentário banalmente inserido nessa carta anônima vê-se que em parte esses respeitáveis senhores e senhoras obtiveram algum sucesso em plantar no imaginário social essa criminalização da vítima que era, na verdade, uma mulher muito bonita e despojada, uma escritora que mesclava de maneira temerária ingenuidade e inteligência. Com o tempo Maria Nilce tornou-se uma empresária vitoriosa e muito influente em sua área de atuação, realizando eventos filantrópicos e grandes festas reunindo as demais expoentes da cidade, destacando pela primeira vez a importância da mulher capixaba, sua independência e a força de sua inteligência.


Agora, pensemos o seguinte: a colunista do Jornal da Cidade era famosa por sua coragem temerária, mas nunca pela burrice. Então, se havia extorsão e as vítimas não buscaram ajuda da polícia preferindo o assassinato é porque tinham alguma coisa muito grave para esconder, certo? E se Maria Nilce sabia de algo tão ruim assim dessas pessoas, provavelmente seus inimigos históricos, aqueles que a conheceram sabem muito bem que publicar a notícia daria muito mais poder para ela e credibilidade para seu jornal do que extorsão. Ou seja camará: essa é uma hipótese totalmente absurda que não tem precedente jurídico na trajetória da jornalista e que, portanto, não faz nenhum sentido. É justamente o tipo de coisa que seus muitos inimigos e os envolvidos no crime difundem pela cidade desde a sua morte!


Passados esses vinte velozes anos, a controversa história do jornal que Maria Nilce comandou com seu marido é placidamente ignorada pelos demais veículos de informação, afinal antigos concorrentes, como se fosse algo sem a importância e a relevância que de fato teve. Sua trajetória é também sempre tratada do ponto de vista das polêmicas, com destaque apenas para o crime e o que aconteceu desde então. Pra exemplificar, quero compartilhar trechos de um texto do jornalista Stenka do Amaral Calado sobre o assunto, o título é “Sem Pauta e Sem Documento”:


“Não se pode fazer cobrança ética do colunista social, então se discrimina, se isola do contexto. Quando se envolve em celeumas o colunista não tem a solidariedade da classe e quando se excede em ataques vira alvo individual, solitário, dos que se sentem atingidos. Para os jornalistas do Espírito Santo, Maria Nilce não era uma colega, tal como se entende o termo nas nossas redações. Isso explica a indiferença, a falta de paixão e emoção com que seu assassinato foi tratado na mídia local. Infeliz profissão esta nossa... O que dói mesmo, e machuca, é a sua insensibilidade diante de atos covardes como a premeditação do assassinato de Maria Nilce”.


Pior do que a morte é essa tentativa de extinção da verdade, a destruição das boas lembranças e da reputação de uma pessoa querida, tática adotada pelos piores regimes totalitaristas. Então quero terminar essa postagem homenageando com carinho essa figura pública polêmica, desvendando um lado seu que muitos desconhecem. Fã de Vinícius de Moraes, Pablo Neruda, Manuel Bandeira e muitos outros poetas, Maria Nilce tinha uma vontade enorme de se realizar no campo da literatura. No poema “Desespero”, publicado no livro “Eu Maria Nilce” de 1969, vemos patente esse lado ingênuo e romântico da escritora ainda jovem, vinte anos antes de ser arrebatada pelo furacão da história, e que se a gente pensar bem tem um viés curiosamente profético:


“Horroriza-me a idéia de morrer

Confrange minh’alma

Pensar que um dia vou morrer

E por mais que queira ter calma

Por mais que insista em ser forte

Enlouqueço à idéia da morte


Morrer...


Nunca mais ver maio com seus amores

Nunca mais ver junho com seus balões

Nem a primavera repleta de flores

Morrer e deixar vazios tantos corações

Meus filhos, meu lar que tanto amo

Deixar atrás de mim tanta coisa boa!

Às vezes brigamos por coisinhas à toa

Que bobos que somos... Que tolos!


Morrer...


Não mais ter para mim um verão quente

Muita luz, as praias repletas de gente

A Alegria que só o verão sabe trazer


Morrer...


E deixar o Natal, que é para mim

A data mais linda em que me sinto

tão feliz! Oh, Deus faça comigo

O que fizeste com tantos por aí.

Não me deixe nunca esperar

Num leito o meu fim

Mata-me de improviso para eu não chorar

As coisas boas que tenho que deixar!”

quarta-feira, 18 de março de 2009

ISSO É QUE É SEMANA, SANTA...

Essa semana não está muito boa pros idosos, ontem morreu o ícone gay Clodovil Hernandes – carinhosamente apelidado de Clodovéia pelo Zé Simão - e logo depois foi eliminada da casa do BBB9 a – risadinha fake irritante - Naiá, representante sexagenária da parada. Hehehehe. Quanta injustiça...


A imprensa noticiou a morte do deputado Clodovil, dando uma parte de sua trajetória como estilista e depois como apresentador de televisão a partir do programa Tv Mulher. O destaque mesmo ficou por conta de suas polêmicas, seu discurso agressivo e destrutivo, parece que é por essa capacidade de ofender e irritar que ele será lembrado.


Mas achei um comentário estilo “piada pronta” no Gazeta Online:


Engraçado, agora todo mundo gosta dele. "... Ele era ótimo estilista...", "... Ele era um político MARAVILHOSO!". Pois quando era vivo todo mundo metia o pau!!!


Ora, se metessem o pau agora seria necrofilia, não é verdade? Mesmo porque, segundo foi divulgado o parlamentar já não pode mais doar os órgãos pra ninguém. Eita! Baixou o caboclo Humor Negro.


Os históricos que leio circulando pela Internet dão o início da trajetória de Clodovil no programa TV Mulher e estão deixando de lado uma ocasião interessante, pelo menos para mim, porque foi a primeira vez que vi minha mãe dizer que alguém era viado.


Em 1976 Clodovil participou de um programa de perguntas e respostas chamado 8 ou 800, na Rede Globo, que era comandado pelo “Bem Amado” Paulo Gracindo, no melhor estilo absolutamente ceeeeerto!!!. A Biba Ficou 12 domingos respondendo tudo sobre Dona Beja, daí lembro minha mãe falando assim do Clodovil com meu pai:


- Olha só Djalma, esse cara é viado, ele é viado!!!


E eu ficava olhando aquelas pessoas na televisão sem entender nada, curioso, porque também estava assistindo ao programa e até então não tinha visto nenhum veado ali. Meu pai estourava em gargalhadas e eu perguntava: “O quê que é viado, o pai quê que é viado?” A resposta foi o tradicional “Cala boca menino!” Vai ver papai ficou com medo que eu quisesse realmente descobrir não é? Huhauhauha. Que meda!


Aliás, deixa abrir um parêntesis aqui: acho essa coisa homofóbica uma babaquice muito grande. Uns tempos atrás um cara veio me dizer para não “cavar muito a minha barba não” porque isso era coisa de viado. Meu... Foi a época em que eu deixaria de fazer alguma coisa, ou vestir alguma coisa que estou a fim, pelo que os outros vão pensar. Isso é coisa de quem realmente não se conhece e tem medo do que vai encontrar...


Enquanto isso, lá no passado, Clodovéia acertava todas as respostas, esbanjando na tela aquele seu jeito “polêmico” do qual não restava a menor dúvida. O Curioso é que o estilista durante muito tempo não assumiria abertamente sua opção sexual, todo mundo entendia do que se tratava, mas não se falava no assunto.


Teve uma ocasião em que o humorista Castrinho - sei lá em que programa – mostrava para Clodovil como é que ele fazia para imitar os viados, explicava que o dedo mindinho é que era o detalhe: e ajeitava o cabelo com o mindinho afrescalhadamente arrancando gargalhadas da platéia, até que virou para seu afetado entrevistador e falou:


- Ah! Mas nem preciso ficar imitando né Clô? Você sabe fazer isso melhor do que eu. – A biba reagiu envergonhada como se, de repente, tivessem lhe arrancado as roupas do corpo e desnudamente pudica perguntou embaraçada:


- Euuu? Mas por que euuu? – Castrinho era um oportunista:


- Ora Clô... Você também imita muito bem...


A mais famosa história dessa controvertida personagem - pelo menos nos meios rockers - é dada como falsa. Diz a lenda que o estilista entrou numa de deixar Lobão numa saia justa e se deu de muito mal. Apesar de assumir-se gay Clodovil adotava publicamente uma postura careta e moralista, parecia uma dessas madames preconceituosas e esnobes, daí sapecou pra cima dos canos silenciosos da vida bandida:


- Lobão me diz uma coisa: que prazer você sente quando cheira cocaína? – A resposta veio na lata:


- O mesmo que você quando dá a bunda!


Pode até não ser verdade, Lobão desmentiu essa história em uma entrevista à revista Playboy, mas que é engraçado é. Agora, ainda dentro do assunto e já não tão gozado, era o projeto de Clodovil que visava - acho que ainda tramita na Câmara - incluir entre os exames admissionais o de próstata, obrigando todos os homens acima de quarenta a tomar a tão temida dedada toda vez que forem ingressar em um novo emprego. Coisa de doido hein? Mas não reclama não, ele foi eleito pelo povo... E se bobear deve ter coisa ainda muito pior tramitando por lá.

segunda-feira, 16 de março de 2009

EU TENHO MEDO DO TED CONTI!!!

Na semana passada o enigmático e sorridente Ted Conti anunciava o falecimento de uma mulher pela simples falta de uma ambulância que a transportasse para o hospital Dório Silva. Aliás, antes de prosseguir deixa comentar um negócio: vocês sabiam que tem uma comunidade no Orkut com o nome “Eu Tenho Medo do Ted Conti”? Não tô inventando não, o texto de abertura da comunidade é assim:


“Você chega em casa todos os dias, liga a televisão e lá está ele nos contando sobre os buracos da cidade, os acidentes na BR-101 e crimes de toda a natureza.

De uma hora pra outra, se vira para uma outra câmera e diz que a saca do Arábica tipo 7 com 10% de broca está com a cotação em alta. No final, dá uma risadinha e diz que a gente se encontra no próximo dia...”


Tudo bem que têm outras puxando o saco do cara, mas a reportagem do Segunda Edição trazia uma entrevista com um dos filhos da vítima, um rapaz bem articulado e evidentemente revoltado, protestando na porta da clínica onde sua mãe tivera os primeiros socorros e acabara falecendo.


No final da matéria, depois de destacar o descaso com que aquela vida fora tratada até se extinguir, volta o apresentador dizendo serenamente que A Secretaria de Estado da Saúde tinha divulgado uma nota dizendo que a ambulância não levou a mulher para o hospital porque seu quadro era instável.


Como assim? Quer dizer então que os médicos da clínica estavam mentindo? Que tudo era então um mal entendido? Terminado o quadro prossegue o apresentador, agora sorrindo, com alguma notícia sobre esse tórrido verão de 2009. O verão da crise... Não demorou e entrou a Cotação do Café...


Fiquei encafifado... Ora, se os repórteres foram lá na clínica e constataram que a pessoa morrera por falta de transporte, dizer no final que o quadro da paciente era instável e que por isso não houvera a remoção, não é o mesmo que dizer que tava todo mundo doido e que tudo mostrado até então era mentira? Ou seja: que a nota do Estado era um atestado de burrice e incompetência deles? Não entendi nada...


Fato é que uma vida se perdeu e, mais do que desculpas esfarrapadas, a população quer ver solução. A mesma coisa acontece agora no caso dos professores da Fames que lutam por melhores salários e condições de trabalho: é o descaso e a falta de uma política séria também para a educação, aliados à conivência dos grandes meios de comunicação e da desorganização da sociedade.


É lamentável a situação da Fames e o pior é que as recentes evasivas da Sub-secretária de Educação indicam que o Governo não está nem um pouco sensibilizado. Pena que não tenhamos uma mídia mais isenta e que, ao invés de se colocar em cima do muro, ajudasse a cobrar. Que mal tem isso? Se algo não está bom é preciso ser dito! Mas aqui não. Quem reclama vai pra geladeira, é taxado de "barraqueiro" e acusado de querer aparecer. Não pode haver democracia desse jeito.

sexta-feira, 13 de março de 2009

MOQUECADA COVER UND STYLE

Mas é como eu estava dizendo... A tal da críse tá tão brava, mas tão brava, que eu, - esperto e precavido - tempos atrás resolvi colocar meu currículo num sáite desses cabeça vermelha (Red Hunter) da Internet. A gente não encontra tanta coisa legal pra baixar nas infovias? O Bibinho mesmo me mandou aquele video da Maiara do BBB9 fazendo aquilo que - segundo a assessoria dela - todas as mulheres casadas fazem. Olha: se as "todas" as casadas fazem eu não sei, mas as solteiras...

Bom, mas se a gente acha tanta coisa legal e informativa pra baixar na Internet, pensei: por que não arrumar um empreguinho tamém? Um Jóbi, como eles falam, que se trabalhe pouco e que se ganhe muito, sonho de poder aquisitivo, sem precisar apostar dinheiro de inscrição na loteria do concurso e muito menos perder tempo estudando a constituição, o código civil e as novas regras da ortografia... Pois olha só o resultado que me apareceu essa semana:
Prezado cliente:

A Manager Online trabalha para oferecer novas e boas propostas de trabalho. E um bom emprego não é só aquele que lhe oferece um alto salário ou pacote de benefícios. Também é aquele que está ligado com sua satisfação em atuar com o que gosta, além de sua qualidade de vida e a de sua família.

Por isso, hoje temos a satisfação de comunicar que no Espírito Santo estão abertas 0 novas vagas. E por seus dados estarem cadastrados, fazemos um convite para que você reative seu currículo, confira todas as oportunidades relacionadas a sua área, formação ou experiência profissional e se candidate às ofertas de trabalho.

Hoje, a Manager Online conta com mais de 100.000 empresas cadastradas que anunciam vagas e pesquisam currículos. E temos muito trabalho pela frente.

Cadastre agora seu currículo e seja visto pelas melhores empresas do país.
É ou não é pra ficar animadão? ... Só faltava esse "clique aqui" aí de cima ser um vírus daqueles de derreter o HD. Ainda bem que sou o feliz proprietário da Letra Elektrônica, essa vibrante revista online, e não preciso recorrer aos head-bangers (Caça-talentos) para arrumar empregos e serventias para os meus dotes artísticos e escrivinhatórios. Que críse é essa... Tá feia a coisa.

terça-feira, 10 de março de 2009

STACATTO N0. 3 - PRESTO MA NON TROPPO

Essa semana é comemorado em todo o Brasil o dia do bibliotecário (12 de março), profissão - para quem não sabe - na qual me formei pela UFES no iniciozinho dessa década. Até hoje pouco atuei na área, mas a convite da presidência do Conselho Regional acabei me envolvendo em alguns eventos da programação para os quais quero convidar os amigos:


Dia 10 de março (Terça-feira) Oito da noite. Teatro Municipal de Vila Velha.

Espetáculo “Somos Dez”. Uma homenagem ao pai da biblioteconomia no Brasil, o também jornalista e publicitário Manuel Bastos Tigre.


Dentro deste evento haverá também uma leitura dramática do texto “A Ceia dos Coronéis” de Bastos Tigre, com Federico Nikolai, Juca Magalhães e Reginaldo Secundo. Três ex-coronéis (interpretados em estilo power trio) discutindo as agruras da vida bandida...


Dia 11 de março (Quarta-feira) 15 horas – Teatro Municipal de Vila Velha.

Reapresentação do “Somos Dez” e Estréia da Palestra “Idhéia Musical” – Uma introdução à Musica de Concerto com Juca Magalhães.


A Idhéia Musical é uma viagem através da história da música ocidental abordando a Orquestra Sinfônica, os períodos da música e seus principais compositores, até chegar ao Brasil e um breve resumo da Música de Concerto no Espírito Santo. Serão ouvidos alguns exemplos áudio visuais das mais queridas e aclamadas obras da música em todos os tempos.


Na parte final da palestra será abordado o livro Da Capo que conta a História da Orquestra Filarmônica do Espírito Santo, de minha autoria e publicado pelo Instituto Histórico e Geográfico na dezembrada do ano 2003.


Dia 12 de março (Quinta-feira) dia do bibliotecário. 19 horas – Auditório do FINDES.

Apresentação da Orquestra Camerata do Findes, Seminário Governança Corporativa com a Presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia e Lançamento do Portal do Conselho Regional de Biblioteconomia do Espírito Santo.


Ao longo da semana ainda acontecerão inúmeros outros lançamentos de livros, palestras, rodas de leitura e um curso de empreendedorismo para profissionais da informação. Para maiores informações entrem em contato com o CRB-12, no telefone: 33226828

segunda-feira, 9 de março de 2009

STACATTO - No 2 - ALLEGRO FURIOZO

Quando da inauguração do Cinemark no Shopping Vitória eu imaginei que finalmente veria solução para o antigo problema da falta de um bom cinema na cidade. O prédio é bacana, o letreiro enorme da fachada é imponente e aquele amplo salão de entrada impressiona como um saguão de aeroporto... Não o de Vitória, evidentemente. Apesar dessa novidade e adorar um bom filme, tenho a maior preguiça de ir ao cinema. Acho o atendimento ruim para o preço que cobram, também acho caro pagar quatro reais só pra estacionar o carro ou dez reais num sacolão de pipoca e, bom, tem sempre as outras pessoas pra atazanar...


Semanas atrás fomos assistir ao “Estranho caso de Benjamin Button” no Cinemark e o som da sala estava tão alto que eu tive que gritar: “se eu soubesse que a sessão era pra deficiente auditivo tinha trazido meu protetor auricular!” E antes o problema fosse só de volume, o som era sem qualidade também, mal mixado, mal equalizado, agudo, estridente, uma merda.


Daí que na sexta fomos ver o Watchman - uma das melhores histórias dos quadrinhos em todos os tempos, o texto é delicioso, irônico, meio-filosófico, cheio de surpresas como deve ser uma boa obra de arte - estava curioso e pessimista imaginando o quanto Hollywood poderia fazer de mal àquela boa história. Bom, compramos lanchinho burguês no Macdônis, pipoca no carrinho das meninas desengonçadas e entramos na sala 6 "sastisfeitos"... Sabe o que aconteceu? Isso mesmo. O som deu pau!


Imagina só que situação: era a estréia do filme, noite de gala, sessão das oito e quarenta, o cinema estava lotado de adolescentes que se dividiam em tribos de fanqueiros de boné e nerds a los hermanos, ambas ávidas por uma boa bagunça. Mal dava pra escutar o que rolava na tela e os gritos de protesto só ajudavam a piorar a situação. O tempo passava e ninguém aparecia pra resolver o problema. Um cara do nosso lado falou que o cinema tem apenas um rapazinho para cuidar da exibição dos filmes nas seis salas. Ele coloca um pra rodar e vai correndo pras outras. Uma espécie de lanterninha maratonista mezzo bêbado e o equilibrista.


Os mais indignados começaram a sair da sala pra quebrar o pau com a gerência, outros foram embora gritando que iam baixar o filme no E-mule. As tribos desciam e subiam correndo as escadas do cinema: uma hora vinham dizer que o filme não ia mais passar e que era pra todo mundo ir embora, logo depois entravam correndo gritando: vai voltar, vai voltar! Enquanto isso nada de alguém do Cinemark aparecer pra dar uma satisfação...


Finalmente pararam a exibição, as luzes se ascenderam novamente, mais espera... E nada. Lá pelas tantas apareceu uma mocinha visivelmente nervosa (não sei por que, mas todos os funcionários do Cinemark são jovens barato-tontas mal saídas da adolescência, que saudade daquele senhorzinho rabugento do Cine Paz) para explicar que o defeito era irreversível e que estariam disponibilizando “cortesias” para outro dia (como assim cortesia? A gente já tinha pagado as entradas...) ou que o dinheiro seria devolvido. Daí eu gritei:


- E o dinheiro do estacionamento vocês vão devolver também? – Aborrecida e acuada ela resmungou que não, a indignação foi geral, novamente conheci meus quinze segundos de fama. Era o mínimo que o cinema poderia nos fazer a título de “cortesia”, cujo termo no Aurélio é assim definido: “Oferta, ou presente feito por qualquer organização comercial ou industrial a clientes seus, como prova de amabilidade.” Devolver o dinheiro ou oferecer a mesma coisa pela qual já pagamos não é nenhum favor, é – no mínimo - obrigação (!)


Tempos atrás aquela menina muderna e coisada da coluna Zig-Zag de A Gazeta andou estrilando contra a pirataria e os camelôs, dizia que os empresários investem em salas de cinema, pagam seus impostos e que ninguém faz nada pra coibir a ação da malandragem. Escrevi pra ela apaziguador e chateado, dizendo do mau atendimento e dos problemas freqüentes no Cinemark. Sabe o que ela respondeu? “Eu sei Juca, tá uma reclamação geral...” Então querida, lindinha, fófis: porque você não sapeca uma crítica em sua coluna também? Mas é ruim de um jornalista entrar numa bola dividida dessas hein? Por essas e por outras que o Moquecada é tão lido e seus autores permanecem acobertados por um seguro véu.


Mas fico aqui pensando: quer dizer que investimento é isso? Contratar gente bem jovem e inexperiente pra pagar um salário de merda, montar um negócio todo modernão e imponente que não funciona direito, deixar todo mundo puto e ainda cobrar quatro paus pra parar o carro lá dentro? Huhauhauha! É o país da piada pronta. Então começam a quebrar e a culpa é dos camelôs que estão pela rua vendendo o almoço pra comprar a janta de suas famílias? Sei não... Bom mesmo era antigamente...Meu amigo Grilo falante, que vai muito mais a cinemas do que eu, foi a uma sessão lá em que deu problema também e contou que um gaiato gritou:


- O cineminha lá de Colatina nunca deu defeito não!!!


Pois é: nem o Aterac, o Jandaia e o Vitorinha. Mas agora eu aprendi a lição, vou fazer que nem o Grilo e as pessoas mais sábias e só frequentar o Kinoplex mesmo. É preferível pagar pedágio que voltar pra casa sem assistir o filme... Que saudade do Paz e do Cine São Luiz...

domingo, 8 de março de 2009

STACATTO - No 1 - SFORZZANDO A BARRA

Amigos, essa semana está corrida então porque estou envolvido nos eventos que teremos durante toda a semana do bibliotecário -da qual estarei falando detidamente em breve - então quero só comentar algumas coisas da semana que passou e que ainda não tinha dado tempo:


O concerto de abertura da temporada 2009 arrebentou a boca do balão! Por um lado é legal ver uma parcela maior da população dando valor à Música de Concerto, por outro, é um fato que o Theatro Carlos Gomes não comporta mais - a bem da verdade nunca comportou direito - os concertos da Orquestra. Os bastidores não são adequados, o palco é pequeno e a ocupação da casa (450 lugares) há muito não atende a demanda de uma cidade com mais de um milhão de habitantes como é hoje a Grande Vitória.


Cobrei aqui - e sugiro aos amigos que façam o mesmo – que o governo do Estado leve à frente o projeto Cais das Artes, lançado em novembro do ano passado. Faz parte desse projeto a construção de um teatro para 1.300 lugares. Enquanto isso teremos que continuar amargando essa situação, mas a cultura sempre fica por último, não entendo porque, mas fica.








Recebi alguns emails e post - como do professor Milton Esteves e de meu amigo Ormízio Muniz - aborrecidos com a situação. Eu sei que não é consolo, mas só pra vocês terem uma idéia, eu mesmo entrei junto com os músicos porque tinha gravado da locução do evento e acabei até operando o som do Theatro (!)


Também me chegou um manifesto dos Professores da Faculdade de Música do Espírito Santo, reivindicando melhores condições de salário, trabalho, de tudo! Quem já foi na FAMES sabe que o prédio está deteriorado, sem falar que fica no meio de duas avenidas movimentadas e ruidosas como uma estação de trem. Tem salas de aula lá que não dá nem pra se ouvir o próprio pensamento.


A grande maioria dos professores dessa tradicional insituição não têm a situação legalizada e há 17 anos não há concursos para contratar novos profissionais. Brincadeira né? Professores aposentam, falecem, vão para outras cidades em busca de horizontes mais dignos, enfim, tem que haver respeito. Vale a pena ler o texto a que deram o nome de S.O.S. FAMES... Em breve estarei o reenviando para todos.

terça-feira, 3 de março de 2009

OFES ABRE TEMPORADA 2009

Amigos, como eu sei que vocês estão aí dentro de casa, ou no trabalho, doidinhos para serem convidados para um programinha básico e imperdível, especialmente por ser “de grátis”, então quero convidar todos para o concerto de abertura da temporada 2009 da Orquestra Filarmônica do Espírito Santo – OFES. Vai ser amanhã (04 de março – Quarta-feira), oito da noite impreterivelmente, porque concerto não é que nem essas casas de espetáculo botocudas que ficam esperando o público aparecer pra começar o show não... Ah! Sim! E é no tradicional Theatro Carlos Gomes.


Falando nisso, não custa perguntar, será que o tal do “Porto Botocudo das Artes Indígenas e Realmente Capixabas” vai sair do papel? Digo isso porque há uns três anos atrás fui o mestre de cerimônias da abertura do Festival de Inverno de Domingos Martins - roque de responsa, inclusive a trilha sonora era o Réquiem de Mozart, ou missa dos mortos, como le gusta - mas então que o governador anunciou lá que ia construir um teatro para aquela aprazível localidade germânica... No carnaval agora fomos à montanha tomar um vinho de jabuticada (Eita!) e não é que o terreno continua do mesmo jeitinho que estava antes...


Bom, mas falando em apresentar eventos, uma das inovações que o Regente Titular da OFES, meu amigo Helder Trefzger, anda articulando é uma locução introdutória para cada peça, esclarecendo alguns trechos e dando uma panorâmica sobre a obra a ser apresentada. Uma parada legal, didática e que vai interessar tanto profissionais como amadores. Essa locução ficou por minha conta e risco, então os amigos que forem lá terão também aoportunidade de ouvir um tostão da minha voz...


No repertório desse concerto constam duas aberturas: uma de Brahms (foto) - Abertura do Festival Acadêmico - e outra de Tchaikovsky - Romeu e Julieta. Entre essas duas peças teremos o concerto para piano e orquestra No. 19 de Mozart, com o carioca Eduardo Monteiro, considerado um dos maiores pianistas brasileiros de sua geração (1966), doutor em musicologia pela Universidade de Sorbonne - Paris.


A OFES vai apresentar, ainda no final do mês de março, a opereta “A Viúva Alegre”. Serão três apresentações - nos dias 19, 20 e 21 - com dois elencos diferentes, incluindo Natércia Lopes, Lício Bruno, Meire Norma e mais um grande time de cantores. A última vez que esta obra foi apresentada por essas praias botocudas foi no longínquo ano de 1984... O convite é, portanto, realmente imperdível. Aproveita e passe adiante, se o mundo continuar aculturado pelo menos você vai poder dizer que fez a sua parte...


RESUMÃO ELEKTRÔNICO:

Quarta Clássica com a Orquestra Filarmônica do Espírito Santo.

Solista convidado – pianista Eduardo Monteiro.

04 de março 2009 (Quarta-Feira) – Oito da noite (20 horas).

Theatro Carlos Gomes – Praça General Osório – Centro, Vitória-ES. Não paga nada, a entrada é franca.

segunda-feira, 2 de março de 2009

CARNAVAL NA BARRA OP. 9 - INTERMEZZO


O carnaval não é lá uma época muito boa para a maioria dos tirados a doidões, não tem graça nenhuma em ser maluco quanto o resto do mundo enlouqueceu também... Os meninos maluquinhos querem dar uma de que são diferentes, pra eles a farra dos caretas é tediosa, artificial e, o que é pior, simplesmente não há como se escapar da “música” que costuma animar os eventos do período.


O meu grupinho de meninos botocudos metidos a roqueiros era muito cioso e orgulhoso de sua modernosa pseudo-doideira artificial, nos anos oitenta a piração de boutique era a principal temndênnncia entre os jovens de retinas descoladas, hoje respeitáveis senhores pançudos que frequentemente negam até a morte terem sequer participado de esbórnias do gênero, especialmente quando percebem que os rebentos estão enveredando pelo mesmo caminho.


Minha mãe era diferente. Quando questionávamos, por exemplo, o direito de falar palavrões - com os quais ela pontuava a grande maioria de suas frases - ouvíamos a tradicional resposta, por sinal cunhada para ser pendurada no portão de entrada da lendária “Fábrica de Fazer Doidos”: façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço.


Como filhos se criam com atitude e não palavras, em 1989 eu dei uma banana pra minha família e fui curtir o carnaval... Acho que pela única vez.


Valente e inconseqüente coloquei o Monza vermelho na estrada - com o radiador furado e tudo mais - até a longínqua província de Conceição da Barra. O carro já era famoso na Rua da Lama, tinha dois grandes plásticos da marca THC (O princípio ativo da Cannabis) colados em suas laterais. Era uma época em que usar adesivos de marca funcionava como uma espécie de identificação visual, o mais comum era da Zoomp com aquele raiozinho amarelo.


Perdido pelas ruas históricas da Barra, caranguejos perambulavam de ré, e nós íamos de lado, que nem navio emborcado, nau à deriva. Já não estava muito dentro da normalidade quando me deparei com a bandinha de fanfarra formada na praça, os caras com aqueles uniformes de domador de circo. Eu e Cello corremos em meio aos músicos que – apesar da gente - não paravam de tocar suas marchinhas animadas, o maestro ficou uma fera e nos botou pra correr, estávamos atrapalhando a apresentação.


Encontramos umas garotas replicantes, desdenharam de minhas unhas dos pés, diziam que precisavam ser cortadas, me senti um urtigão. Só de sacanagem falei que éramos cariocas, em pouco tempo estávamos nos pegando. Como adolescente gosta de beijar na boca! Meu amigo passou mal, vomitou e sentou num canto da calçada. Eu mesmo não sabia mais dizer onde ficava a casa em que estávamos. Murta também se perdeu, desistiu de procurar o pouso certo, foi encontrado dormindo no sofá de uma varanda qualquer. A dona era uma alma caridosa...


- Deixa ele dormir tadinho, deve estar cansado...


No último dia do carnaval encontrei um amigo pela rua, queria me contar fofocas de Vitória, alguma briga escabrosa de mamãe com um cabeleireiro. Eu, que estava fora de casa há mais de uma semana e curtia a liberdade de fazer só o que me desse na telha, não quis nem saber. Era como um menino perdido na terra do nunca, desde que saíra nem sequer dera um telefonema pra dizer que estava vivo, tinha mergulhado na fase revolucionária de auto-afirmação, queria dar um golpe e fundar minha própria república. Muito antes do que eu pensava meu desejo iria se realizar... Mas essa “conquista” não chegaria da forma pacífica e romântica que eu imaginei.


O hotel no centro da cidade, o hotel de Conceição da Barra! Suas paredes cobertas de ilustrações e quadros que retratavam cenas da botoculândia. O piso pirou, seu chão era coberto de coisas assimétricas, figuras geométricas, o piso era louco de tudo! Andamos pelos corredores do hotel sem ligar para o estranhamento de seus funcionários que pareciam hesitar em nos abordar, fomos nos esborrachar num sofá da recepção. Não demorou e fomos tragados pela crise de bobeira. Fodam-se, é carnaval!


Aquele era o dia em que viríamos embora, zunindo e zoando através da noite, parando de vez em quando pra colocar água no radiador do velho Monza vermelho... Nunca houve um carnaval como aquele. Nunca mais. Depois disso tive que escalar a outra face da montanha, mas isso é assunto para outras sextas-feiras. Além do mais, já não sei mais direito pra onde esse texto vai. Virei refém de minhas próprias lembranças...