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terça-feira, 12 de junho de 2012

FIM DO MISTÉRIO NO TRIÂNGULO DAS BERMUDAS!

IMPROVISAÇÃO

- E então Mané?
- O quê?
- Você vai falar ou não vai?
- Hum, hum...
- Então fala.
- Hum, humm...
- Esqueceu a fala outra vez, não é?
- Hum hummm...

SERIA O FIM DO MISTÉRIO NO TRIÂNGULO DAS BERMUDAS?




A Lei Seca, essa danadinha, está acabando com os tradicionais botecos do Triângulo das Bermudas. Pobre Ernest Hemingway, ninguém mais respeita um bebum de responsa. “Cambada de vagabundos e desocupados!” Nem tampouco respeitam militantes da pesca predatória do marlin azul que abunda (e como) nos mares capixabas. “Hemingway não era modelo pra ninguém!” Pesca oceânica no triângulo era com rede, muitas vezes arrastão. Pernas pra que te quero. Especialmente isso. E que pernas! Pesca predatória, pulada de cerca na grama do vizinho. Culpa da birita, aquela garota de cabelo preto curtinho e olhos azuis que não lembro o nome.

Dizem que os assaltos também estão causando o fechamento dos bares no Triangulo. Por essa o Erich Von Daniken não esperava. Nos anos setenta os homens se perguntavam se “Eram Os Deuses Astronautas?” e era exatamente o que eu queria ser “depois de grande”. Confesso que não fui muito longe depois que descobri que para pilotar foguete tinha que estudar matemática, aliás, que catzo terá uma coisa a ver com a outra?  Contrariando as expectativas mais pessimistas, perambulando pelo Di, Don, Don e o Amarelinho, acabei entrando em órbita e vendo a curvatura da Terra, aquela gostosa. Na época nem celular tinha, a gente sumia que era uma beleza.

Será que só os taxistas são felizes?

Depois de finalmente inventar uma Lei que funciona - o que não deixa de ser outro mistério - o governo ainda pegou o preço da birita e do cigarro e mandou pro espaço, depois os Deuses é que são astronautas. Foi mais uma razão para acelerar a quebradeira geral. Bares e restaurantes "descolados" que já não vendiam lá seus produtos tão baratos assim tiveram que aumentar suas "dolorosas" exorbitantes e acabaram ficando à mercê da concorrência, digo, dos assaltantes à mão armada. E nem podiam reclamar da falta de policiamento, afinal, a meganha (como dizem os jornalistas de verdade) estava toda na rua multando pesado e prendendo os seus fregueses bebuns. Ora!

Diante desse cenário de final dos tempos, cheguei à conclusão de que quem estava certa era a minha mãe quando dizia:

“Meu filho: boa romaria faz quem em casa bebe sua cervejinha em paz...”

Leia, comente, indique e apoie a Letra Elektrônica, aproveita que ainda não inventaram uma Lei que proíba...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

MEU AGRIDOCE ADEUS À JULIA ROBERTS


Não sei porque cargas d’água estava eu vendo um pedacinho do programa da Xuxa em que Luana Piovani era entrevistada, muito bonitona e cada vez mais com cara de mulher madura. Ficaram as duas (apresentadora e convidada) naquela tradicional rasgação de seda, daí um participante da platéia perguntou pra “atriz” se em alguma ocasião ela teria ficado nervosa na hora de contracenar com um grande ator. La Piovanesca vem então e me cita o cada vez mais canastrão José Wilker. Disse que na novela em que trabalharam juntos, fazia o papel de filha do cara e que havia um texto de várias páginas para decorar. Contou que Wilker sentou, leu o texto, foi lá e fez a cena...


Tem ator da Globo que pensa que é Jack Nicholson e que já está tão inserido naquele feijão com arroz que nem se dá mais ao trabalho de criar um papel. Por essas e por outras, entra novela sai novela, as atuações são quase sempre insossas e sem graça. Dessa turma são muito poucos os que se salvam. Vide, num exemplo contrário, o show que deu a atriz Dira Paes no papel de Norminha. No meio televisivo parece que a coisa vai ficando automática e a maioria responde com interpretações negligentes, somente quem é mesmo do ramo trabalha para construir uma persona e naturalmente se sobressai, “rouba a cena” como eles mesmos dizem.


A atuação amadoresca e decorativa de Luana Piovani no filme “A Mulher Invisível” é outro exemplo grosseiro. Já que o roteiro requeria uma loira gostosa que ficasse de lingerie erótica o filme inteiro, pra quê dar falas para ela também? É pedir demais né seu diretor? A “interpretação” de Luana é tão recitadinha que me lembrou os tempos de teatro amador no segundo grau, não faz uma pausa para respirar, o diálogo não tem vida, coisa mais sem graça para uma mulher linda como a Vênus de Boticelli. O que salva o filme - não inteiramente - é a interpretação de Selton Mello e o fato de Paulo Betti ter ficado quietinho na dele, sé é que vocês me entendem.



Durante a entrevista com a Xuxa, Luana contou de um mico em que estava desfilando com um cachorro e o bicho fez cocô na passarela, daí lembrei de minhas crises de riso, coisa também conhecida por aí como ataque de bobeira. Tive algumas muito chatas, como a que narro a seguir:


Num domingo eu estava voltando da praia e lavava a velha Brasília na garagem de casa, coisa que devo ter feito duas vezes a vida inteira, quando tocou o telefone avisando do falecimento de um amigo num daqueles acidentes de carro das madrugadas alcoólicas hoje tão combatidas. No dia seguinte foi o enterro e toda aquela comoção que marca o dramático desaparecimento das pessoas jovens.


Meu amigo Berry, o ligeirinho, estava de caso com o acaso em cartas de Tarot, mais precisamente com a irmã desse amigo nosso falecido e, logo depois do enterro, me chamou para dar uma passada no hospital e pagar uma visita pra moça que estava, obviamente, ferida e muito abalada. O sacana do Ligeirinho - ou Speedy Gonzáles se preferirem - era um dos caras mais certinhos e neuras que já conheci, levava a vida pelo manual, sabe como é? Eu sempre fui a esculhambação em pessoa e de vez em quando nossas criações muito diferentes faziam soltar faíscas estremecendo nossa amizade, mas o atrito é bom, do atrito vem o fogo, Nero queimou Roma e jogou a culpa nos cristãos...


Fazia um calor do cacete naquele final de manhã e Berry estava em jejum, eu sabia lá desses detalhes! Fumava um cigarro atrás do outro e parava pra tomar café em toda birosca que encontrava. Na hora que chegamos não conseguimos visitar a irmã de nosso amigo, para não perder a viagem fomos ver como estava a melhor amiga dela, uma linda menina que eu mesmo, com minhas doideiras capixabescas, tinha apelidado de Julia Roberts. No início da noite de sábado eu havia encontrado as duas amigas na Cachaçaria do Tremendão, arrumadíssimas para a tal da festa, o acidente aconteceu na volta. Foi um choque ver a moça ferida com hematomas no rosto e escoriações, um puta contraste com aquela noite em que estavam as duas lindas, alegres e exuberantes.


Nos colocamos ao lado de seu leito hospitalar, Julia Roberts parecia contente de nos ver e a fim de conversar, contou detalhes do que lembrava do acidente, falou da desorientação e do tempo levou para entender o que tinha acontecido. Estávamos os dois de pé ao seu lado, nesse meio tempo notei que Berry estava adernando que nem nau à deriva. Sem dar tempo de pensar, nem chance de reação, o cara afundou de cara na barriga da menina. Fiquei espantado e continuei sem ação, nos entreolhamos e ela falou: o que está acontecendo? Peguei meu amigo pelos cabelos e levantando sua cabeça falei: Berry, você pirou cara? Ele nem me respondeu, seus olhos estavam fora de órbita, virados lá pra trás, o Ligeirinho tinha sofrido um apagão!


Com dificuldade arrastei seu corpo mariamolente até uma poltroninha de visitas, Julia Roberts estava catatônica em cima da cama, a perna imobilizada por uma daquelas amarrações ortopédicas. Estávamos num hospital, mas o gênio aqui ao invés de pedir ajuda, disparou bofetadas na cara desmaiada do Ligeirinho: Plaft! Nesse meio tempo começou a juntar gente, a porta do quarto estava aberta, ou talvez a paciente tenha pedido socorro a alguém, não me lembro mais. Plaft!! O dia virou noite, o sol foi pro além, eu preciso de alguém! Plaft!!! O terceiro bofete finalmente fez efeito. Berry piscou os olhos e me fitou surpreso: Ué cara o quê foi que aconteceu?


Você desmaiou Berry! – Imediatamente me veio a crise de riso, do nada, inexplicável - e o que é pior - imparável (sic). Surgiram aquelas senhoras expeditas (íça!) oferecendo água gelada e suco de laranja. “Tadinho, ele desmaiou”. Tem horas em que esse tipo de solidariedade acaba soando mais como curiosidade mórbida e aumenta o embaraço. Era como se as pessoas esperassem alguma declaração bombástica que finalmente alterasse o tédio de suas existências, como se meu amigo dissesse dramaticamente olhando para as câmeras: estou grávido! Berry piscava os olhos entre surpreso e assustado, aquela auto-rebelião não estava no manual!


Eu seguia rindo que nem um doido, as gargalhadas jorravam estrepitosas, era preciso abandonar o local, antes que fosse mal interpretado, afinal, um grande amigo tinha morrido, as meninas estavam hospitalizadas, Berry tinha “passado mal” e eu estava rindo do quê porra?! Acenei um vergonhoso e risonho adeus à Julia Roberts e saí quase correndo pelo corredor, o Ligeirinho vinha logo atrás tentando me cobrir de porrada: para de rir porra! Para de rir seu mané!! - Não sei dizer o que me fez rir daquele jeito, foi só o “nervoso” me explicaram depois, ou talvez a cena do Ligeirinho caindo por cima da menina tenha me lembrado o filme “Corra que a Polícia vem aí”, sei lá. Foi uma armadilha de minha psique como diriam os “psis” ou simplesmente uma prova de que sou humano, e como estes: às vezes muito doido.


terça-feira, 7 de julho de 2009

FLAGRANTES DE HIPOCRISÍA ONLINE...


Da famosa série "me engana que eu gosto", um flagrante tomado em fartas goladas pelas noitadas da ilha. Infelizmente - para quem quiser conferir in (mutcho) loco - não podemos revelar que o bar e restaurante fica ali no Hortomercado.

A moral da parada é a seguinte: Bebida é prejudicial a saúde, a família e, - se te pegarem dirigindo - ao bolso e, principalmente, à reputação. Afinal, se o cara sair doidão por aí fazendo merda corre o risco de ir parar naquele programa novo, é isso mesmo, o "Balança mas não sobe".



quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

ADMIRAVEL MUNDO SEMI-NOVO - PARTE II

Conheço algumas pessoas, hoje estabelecidas e relativamente bem de vida, que sofreram dias de muita pobreza na infância e que me confessaram da raiva que sentiam quando viam um filhinho de papai com seus brinquedos novos e caros. Quase como em uma compulsão davam um jeito de arrumar uma forma de implicar e arrumar uma confusão com aquele “ovinho de granja”, com isso queriam tentar resgatar algo que o destino nunca lhes destinou. Em sua frustração passam a acreditar que precisam ter coisas, porque só assim conseguirão sentir que existem e que estão aptos a fazer parte daquele mesmo mundo. Muitos vão dar seu jeito, outros... Bem, outros não vão ter jeito nunca.

Mas por que haveria eu de perder o meu tempo e o de quem me lê com afirmações tão lugar comum? Nem eu sei. Talvez tenha a ver com o passeio que fizemos no domingo passado...

Estava calor pra burro e o trânsito um inferno, especialmente no litoral. Voltando de Nova Almeida, resolvemos cortar caminho para a Serra pela nova estrada que a Prefeitura tinha recém inaugurado e feito um belo anúncio na TV. Sem saber qual a entrada pegar (ou saída como queiram) vim dirigindo com atenção para não perder as placas indicativas. Mas que placas? Simplesmente não tinha nenhuma (!) Lá pelas tantas paramos num posto pra pedir informação, descobrimos que o acesso ficava apenas uma rua antes e que não era sinalizado mesmo.
Ou seja: cerveja. Tudo ruim, mas tudo bem...

Retornamos e pegamos a rua indicada e fomos adentrando o bairro, ainda em dúvida se a informação era correta, lá na frente, pintou um cruzamento, novamente nada de placas. Desta vez segui o bom senso de direção e peguei pra esquerda, afinal, à direita estaríamos voltando pra Nova Almeida. Lá embaixo, após uma pequena ponte havia outro cruzamento, agora sim sinalizado. Não fora assim, pra continuar, só pedindo informação pras vaquinhas pastando mais além.

Finalmente entramos na nova rodovia e... Adivinha o nome: Audifax Barcellos “não sei das quantas”. Já que resolvera nomear a estrada de maneira tão óbvia o agora ex-prefeito poderia pelo menos ter sinalizado decentemente os seus acessos. O pior de tudo é que a estrada principal que corta Jacaraípe está lá, uma bagunça e lotada de equipamentos de fiscalização eletrônica. Custava colocar umas plaquinhas de orientação também? Nas entrelinhas, o que se lê é o seguinte: você que se vire com suas paradas pra lá e se vacilar a gente tá multando.

Quando chegamos em Vitória já era quase quatro da tarde e o calor infernal não era mais o único problema no mundo. Passou por nós um Monza tão lotado que até no porta-malas tinha um adolescente enfiado, lá na frente vimos o mesmo carro se espatifar na traseira de um outro que estava parado no sinal. Com o impacto a tampa do porta-malas se abriu e vimos que não era um só, mas dois meninos sacolejando lá dentro! Devia ter umas duas dúzias de malucos naquele carro. E polícia? Eu não vi nenhuma...

Não tenho nada com isso e sei que é impossível dar conta de tudo quanto é maluco à solta em dia de domingo com 40 graus à sombra, mas fico pensando: não tem polícia pra catar playboyzinho doidão de madrugada na porta de buates e barzinhos? Então porque não dão uma meia trava nos motoristas que saem caindo de bêbados, por exemplo, da Curva da Jurema em pleno dia? Fica a impressão de que ações como a do “madrugada viva” têm muito mais de recalque de “ovinhos caipira” que chegaram a exercer alguma forma de poder do que vontade mesmo de implementar uma nova Lei e salvar vidas.

Enquanto isso, quem paga a conta?

Dentro desse raciocínio, recebo um email super peocupante que afirma que junto com a Lei Seca, foram aprovadas algumas outras coisinhas tenebrosas pra dificultar a nossa vida ainda mais. Ou você acha mesmo que as "boas biscas" que a massa elege estão lá queimando fosfato pra te dar moleza? A informação é a seguinte: fiquem ligados no prazo de vencimento de sua carteira de habilitação. Quem bobear trinta dias pra renovar vai ter a parada cancelada, será multado e ainda obrigado a fazer tudo de novo se quiser voltar a dirigir...

Num tô dizênum... Em rio que tem piranha jacaré nada de camisinha.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

VIVER HOJE EM DIA É UM SACO!

- Cara, falando sério: ficou chato viver né?
- Como assim?
- Chato cara, agora a gente não pode fazer mais nada. Tem esse negócio do politicamente correto, não se pode mais chamar os outros de preto, de bicha. Desde a AIDS não se pode mais nem transar sem camisinha...
- (Risos) Bom, eu nunca fui muito racista e, mesmo com o Viagra, há muito tempo que o sexo já não é mais a mesma coisa pra mim...
- Eu acho um saco não poder mais tomar uma cervejinha e sair por aí dirigindo.
- Saco, saquíssimo!
- Sem falar no policiamento dos outros, saca? Tomá no cú meu! Ontem eu tava contando que sábado enchi a lata e logo alguém me perguntou: você num tava dirigindo não né?
- É porque agora dá cadeia e multa de mil reais...
- Eu sei, mas isso se a polícia te pegar né?
- (Muitos risos) Rebelde, sempre rebelado...
- O problema é que nós crescemos tendo como heróis os roqueiros, guerrilheiros, hippies, junkies. Aliás, vivem falando em alimentação saudável, mas o Keith Richards ta aí inteirão.
- Pois é, mas se essa Lei seca tivesse aparecido uns trinta anos atrás essa mesa estaria bem mais cheia.
- E é isso que eu acho o pior de tudo! No final ainda ter que dar razão pros outros. Por isso que viver é um saco ultimamente, não se tem mais nem a liberdade de cometer os erros comuns de um ser humano qualquer. Quem vão ser nossos heróis agora?
- É que o mundo agora tem muito mais seres humanos... São erros demais.
- Com tantas responsabilidades todos nós seremos heróis.
- O que é o mesmo que dizer que ninguém mais vai ser... E chamar aquele maracujá de gaveta de “inteirão” é muita bondade sua.
- E essa coisa do meio ambiente? Eu tava lavando uns pratos e minha filha de cinco anos veio perguntar se eu estava enxaguando a louça ou lavando, por que agora na escola dela ensinam que todo mundo é responsável por economizar a água do planeta.
- Sim. Todo mundo agora é responsável por tudo, parece até o despertar da consciência em nossa sociedade. Estávamos sonhando e o sonho acabou. Já dizia John Lennon.....
- Que nada! Pra mim isso é tudo coisa da mídia... Toda semana eles inventam uma estória diferente até você não agüentar mais ouvir falar naquela porra!
- Sim, agora estão falando das pessoas inocentes mortas pela Polícia Militar.
- É. Já imaginou ficar abrindo a torneira e fechando na hora de tomar banho?
- Cara, eu ando deprimido... to até pensando em me matar. O mundo é um saco, nós somos iguais baratas, insetos... Não vejo mais sentido em viver.
- Olha, suicídio é a paranóia final. Qual o problema de viver uma vida caretinha?
- Falando nisso: alguém trouxe aquela porra da sacola ecologicamente correta pra gente pegar as cervejinhas?
- Tá aqui essa coisa medonha, minha filha não me deixou sair sem ela, diz que as de plástico estragam o meio ambiente.
- Então vão bora... Quem tem um cigarro aí?