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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

MENSAGEM DE ANO NOVO UM POUCO DIFERENTE


Cara, dei uma baita enjoada da Internet nas últimas semanas, cansei de perambular pelas infovias, praticamente esqueci da existência do universo cibernético. Passei a dedicar atenção às pessoas que convivo no mundo real – não que isso seja raro – e vivenciar as três grandes festas que encerram o ano. Elas estão muito pertinho umas das outras: meu aniversário, natal e ano novo.

Só hoje, ano novo consumado e Dilma empossada, é que despertei da letargia do mundo real, porque a televisão me deu receitas para recuperar a forma e curar a ressaca. Descobri que um montão de gente tinha deixado recados carinhosos para mim no Orkut e no Facebook e só hoje os li. Fico imaginando se pudesse reunir todos os amigos numa festa, juntar na boa assim mais de mil, que onda legal não ia ser.

Quero então retribuir o carinho de todos, desejar que esse ano engrene bacana e que a vida não nos seja tão mais pra lá do que pra cá. Eu nem sei o que eu quero falar. Essas mensagens de virada são tão clichê, não acham? É repetição do óbvio, afinal, é claro que queremos o melhor para os nossos amigos. Ninguém vai dar uma de criativo e inventar uma mensagem de teatro do ano novo: quebre a perna! Ou então: Merda!

Eu queria fazer uma mensagem de ano novo que fosse diferente, um pouco mais sincera. Tipo assim:

“Meu amigo, minha amiga. Recebi sua mensagem e sei que a intenção dela é legal, periga ser, porém, muito ‘Maria vai com as outras’, porque suspeito que lá no fundo você se lembre mais de minha pessoa pelos defeitos do que pelas qualidades. Calma, isso é o mais comum. É até o que dizem sobre o amor, sabia? Que amamos o outro justamente pelos defeitos. É o ‘creio porque é absurdo’ que o Tertuliano falou. Por isso desejo que você continue sendo o que é, só que para melhor, porque eu estarei tentando fazer o mesmo, ou pior. Uma hora quem sabe descobrimos porque todo ano repetimos o mesmo ritual. Valeu? Então já é!

4 comentários:

Anônimo disse...

Não, Juca, exceto aos masocas, ninguém ama os defeitos de outrem.

Esta retórica é furada e nunca resiste às mínimas constatações - saia a campo ou olhe no espelho.

As pessoas amam as qualidades das outras e até as próprias.

No que se refere aos defeitos, só se ama àquele cujo defeito não é absorvido como tão defeito assim (a absorção do defeito alheio, tanto quanto o próprio, é subjetivo e inclusive efêmero).

Alguém pode deter A Maior Qualidade do mundo, ou toda paleta delas, mas se traspirar determinado Defeito que seja significativo para o interlocutor, não há Amor ... no máximo tolerância e isto tem prazo de validade, proporcional à necessidade de fruição da qualidade, identificada ou não.

Se quiser dar ares técnicos ao postulado supra, pode dizer que faz parte de um ramo do conhecimento, ciência, que se chama Economia Sentimental Para Entender o Próximo, Se Entender, Conviver (ou não) Com Amigos, Parentes, Gostosas & Colaboradoras.

Ao escrever não pensei num texto de auto-ajuda - fiz para ajudar você mesmo, apesar de estar meio confuso se você é eu ou se sou Juca, porque depois daquele livro deu uma embaralhada fudida na minha cabeça.

Bjs, Zeca.

Juca Magalhães disse...

Eu estava sendo impicante, literal e metaforicamente. Dar uma bagunçada no lugar comum é legal, ainda mais quando falamos do carinho que sentimos pelas pessoas, valoriza. Mas aceito e acato suas observações e se quiser assumir o Zeca não tem nenhum problema, só não me peça pra advogar em seu lugar. Heheheheh.

Anônimo disse...

Juca,

Suas crônicas são sempre interessantes de serem lidas. Aproveito esta mensagem para “convocá-lo” para o aniversário de Abmir, que será em fevereiro. Presenças confirmadas de Abmir, Emil Fran, Fabio Midgard, Luizinho, Mário, Gordo Jack, entre outras. Bem, haverá canjas generalizadas, neste caso, penso que sua presença seja fundamental, seja de Punzer, Ace ou o Pó. Claro, o ambiente será amador e improvisado, na casa do Edu, em Manguinhos.

Sugeriram até um nome para a festa, cruzando o Pó com Abmir, ABNAMENTE.

Um abraço,

Eduardo

Anônimo disse...

Caros Amaral e Juca,

Poderia ser também:
"AB, um cara (in)comum". Afinal, ele é "a lenda"...

Tamo nessa.
Abraço,

Luizinho