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segunda-feira, 21 de março de 2011

ATÉ QUANDO NÓS VAMOS SER A SUÍÇA?


Ontem Obama fazia seu histórico discurso e começou a falar dos cariocas, daí mencionou os paulistas, pulou pros mineiros, foi lá na ala das baianas e eu, o tempo todo com aquela sensação que ouviria o presidente americano falar: CAPIXABAS! ... Depois que não rolou pensei: bom, ele esqueceu os gaúchos também e até os nordestinos. Poderia ser pior, ele poderia ter mencionado os cachoeirenses! Ou quem sabe a Madalena lá da Barra do Jucu, eu sei lá.

VAIVADES DAS VAIDADES

A vaidade é uma coisa besta, mas é uma fraquezinha que todos nós temos. Alguns querem aparentar serem ricos, outros querem aparentar serem fortes, alguns querem aparentar uma vasta cultura, o que muitas vezes confundem com outra coisa. Por exemplo: quando o Collor se elegeu, muita gente alardeava que o cara era super inteligente porque falava cinco ou seis idiomas, daí um gaiato ponderou “qualquer prostituta do cais do porto fala umas dez línguas também.”

Isso me lembra uma piada do filme Austin Powers, uma paródia da franquia 007, em que o espião tinha sido congelado nos anos sessenta e nos noventa voltou botando pra quebrar. Daí, como parte do trabalho sujo, traiu a namorada com a secretária repelente do bandidão. Quando descobriu o chifre a moça ficou uma fera e disparou:

- Só espero que você tenha usado camisinha! – Sem saber da AIDS ele respondeu achando graça.

- Não seja ridícula babe, só quem usa camisinha são os marinheiros.

- Não nos anos noventa Austin!

- Mas eles deveriam querida, eles vivem de porto em porto...  

PELAS PERUCAS DO IVON CURY!

Dentre as características mais engraçadas da vaidade estão algumas daquelas coisas que usamos para nos sentirmos mais bonitos, ou diferente daquilo que achamos em nós que não é legal. A calvície é um bom exemplo disso, parece até que acabaram de encontrar a cura para ela. Ontem revi vídeos de 1986 e 1988, eram festas de aniversário de minha mãe e boa parte da “sociedade de Vitória” estava presente e tinha pelo menos uns três homens bem maduros usando sonoras perucas, dava para ver tão bem quanto alguns que hoje pintam os cabelos de repente.

Um cara usar peruca hoje seria totalmente bizarro, ainda mais em um evento social. Eu, que tinha bastante cabelo na época, achava aquilo tudo muito engraçado e era doido para catar uma daquelas falsas cabeleiras e sair correndo, coisa que fiz uma vez, doidarásso claro, na Smoke Island. O cara era amigão de minha mãe e ficou todo chateado, pudico e desnudo! Peguei sua peruca selvagem e corri pela boate lotada, brandindo o escalpo do inimigo, soltando grito tipo Krigh-Ha-Bandolo!

Na volta pra casa chovia fino, eu estava ruim porque tinha tomado dez cubas e uns duzentos tocos de uma loirinha sardenta. No balãozinho da Ilha do Frade dei de cara com um fusquinha a zero por hora, belisquei o freio e o carro saiu rodopiando. Fui parar do outro lado da Navegantes, por sorte era madrugada e não tinha mais ninguém pela rua. Desci do carro e chutei sua lataria, corri pra casa para pedir ajuda, quando perguntaram se eu tinha me ferido, respondi com aquele bafo de cachaça:

- Ahê, acho que quebrei a unha do pé!

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