Recebi um texto - atribuído ao escritor baiano João Ubaldo Ribeiro - sobre a desonestidade do povo Brasileiro, como se todos sofressem de desvio de caráter e que - apesar da gritaria contra a roubalheira das instituições público/políticas – fossem capazes de passar a mão e levar pra casa alguma coisa do trabalho no melhor estilo “a ocasião faz o ladrão”. Muita gente entende que “o que é de todos não é de ninguém”... Eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também. Então você não tem compromisso porque o tudo é o nada, muito filosófico isso, explica, aliás, porque existem tantos pobres meninos e meninas ricos.
De certa maneira o escritor está certo, afinal, convivemos com pequenas malandragens em nosso cotidiano de maneira tão simplória que tem hora que a pernada passa despercebida e quem consegue premeditar o breque se sente mais esperto e até vai pra casa feliz. Em Bento Ferreira mesmo tem uma ótima padaria que reina absoluta num ponto privilegiado do bairro onde fazem uns pãezinhos doces muito gostosos que são arrumados nas prateleiras de maneira que os mais velhos fiquem na frente dos mais novos. Daí você pergunta, mas não deveria ser o contrário? Bom, não do ponto de vista do fabricante.
O dono da padaria – e isso é também muito comum também nos supermercados – provavelmente instruiu seus funcionários a colocar os pães mais antigos na frente simplesmente porque a maioria dos consumidores pega o produto sem verificar a data de fabricação. Não sei se podemos classificar isso como desonestidade se pensarmos que o consumidor vai chegar em casa e comer o pão, mas vender uma mercadoria de dois dias atrás pelo mesmo preço de uma que acabou de ser fabricada e ainda a colocar em evidência, praticamente escondendo a mais nova, não é um jogo dos mais leais.
E quem é que faz diferente dos padeiros? Daí que vem aquela famosa frase idiota: “o preço da liberdade é a eterna vigilância”. Ou seja: “em rio que tem piranha jacaré nada de camisinha”. Mas é muito chato viver dessa maneira não é? Como se fossemos uma nação de maníacos obsessivos, recontando, re-checando; testando a durabilidade, a validade, a fidelidade de tudo e de todos. Que liberdade é essa então? “De que me vale ser Edith Piaf se não posso fazer o que me der na telha”? Já pensou se para cada pessoa contratada tivéssemos que colocar uma outra pra tomar conta da primeira? Mas não abre o seu olho não japonês...
E se todo casal tivesse que contratar gente pra fiscalizar a fidelidade do parceiro? Porra meu, ou confia ou joga fora no lixo, não vale a pena viver assim. Daí alguém resolve provocar o maridão, galhudão - Diguvon Spoton da Bayer - desconfiadão:
De certa maneira o escritor está certo, afinal, convivemos com pequenas malandragens em nosso cotidiano de maneira tão simplória que tem hora que a pernada passa despercebida e quem consegue premeditar o breque se sente mais esperto e até vai pra casa feliz. Em Bento Ferreira mesmo tem uma ótima padaria que reina absoluta num ponto privilegiado do bairro onde fazem uns pãezinhos doces muito gostosos que são arrumados nas prateleiras de maneira que os mais velhos fiquem na frente dos mais novos. Daí você pergunta, mas não deveria ser o contrário? Bom, não do ponto de vista do fabricante.
O dono da padaria – e isso é também muito comum também nos supermercados – provavelmente instruiu seus funcionários a colocar os pães mais antigos na frente simplesmente porque a maioria dos consumidores pega o produto sem verificar a data de fabricação. Não sei se podemos classificar isso como desonestidade se pensarmos que o consumidor vai chegar em casa e comer o pão, mas vender uma mercadoria de dois dias atrás pelo mesmo preço de uma que acabou de ser fabricada e ainda a colocar em evidência, praticamente escondendo a mais nova, não é um jogo dos mais leais.
E quem é que faz diferente dos padeiros? Daí que vem aquela famosa frase idiota: “o preço da liberdade é a eterna vigilância”. Ou seja: “em rio que tem piranha jacaré nada de camisinha”. Mas é muito chato viver dessa maneira não é? Como se fossemos uma nação de maníacos obsessivos, recontando, re-checando; testando a durabilidade, a validade, a fidelidade de tudo e de todos. Que liberdade é essa então? “De que me vale ser Edith Piaf se não posso fazer o que me der na telha”? Já pensou se para cada pessoa contratada tivéssemos que colocar uma outra pra tomar conta da primeira? Mas não abre o seu olho não japonês...
E se todo casal tivesse que contratar gente pra fiscalizar a fidelidade do parceiro? Porra meu, ou confia ou joga fora no lixo, não vale a pena viver assim. Daí alguém resolve provocar o maridão, galhudão - Diguvon Spoton da Bayer - desconfiadão:
- Você num confia no seu taco não ômi, tem que botar gente pra tomar conta da vida de sua mulé?
- Olha maluco: no meu taco eu confio, o que eu num confio é na caçapa dela...
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