Vocês já futucaram onça com vara curta? E pularam que nem doido nos óio do dêmu? Eita! Eu bem que avisei que o texto anterior era politicamento incorreto e tudo mais, mas, curiosamente, até agora apenas a banda feminina da Letra ficou indignada. Digo que é curioso, porque a maioria dos homens acha muito macha essa sensação da irresponsabilidade e naturalmente fazem das suas aqui e acolá. Por isso o grande barato da mulher, especialmente as que respeitamos, elas nos fazem enxergar o quanto de meninos babacas temos ainda e o tanto de puxão de orelhas precisamos levar...
Fui reclamar que as participações estavam escassas, agora segura essa meu amigo anônimo:
Amigo Juca, tentei comentar no Blog, mas sei lá o que sucedeu.... O Internet Explorer acabou travando. Assim sendo, comento aqui mesmo...
Escrever não é talento de todos; não é à toa que você verifica essa escassez de "causos" alheios. Como eu falo do que está cheio o meu coração e meu pensamento, o mesmo vale para a minha escrita. Mas também me preocupo com a mensagem que é transmitida; não escrevo apenas por catarse, sou educadora e tenho responsabilidade sobre o que digo. E sinto que o mesmo vale para a sua escrita. É por isso que gosto tanto de ler o que você escreve. Ganho o dia, por assim dizer.
Felizmente esse seu amigo está no anonimato, me sinto envergonhada por ele que parece ter valores tão auto-centrados, se sentindo tão "esperto" por cometer tantas infrações, além de não se dar conta do risco que impõe aos outros, a começar pela filha - sem falar na sociedade e em si próprio. A exemplo disso, foi notícia do ESTV 2ª edição de ontem aquele motorista de caminhão inconsciente que provocou um daqueles acidentes, na Princesa Isabel, e que, por conta da "água" que ele alega ter bebido, dormiu a sono solto no carro da polícia. Pagou fiança de R$ 500,00 e foi liberado. E as pessoas que sofreram as consequências desse ato? Ficaram como? Indignadas, no mínimo!
A indignação ocorre quando sentimos que houve falta de respeito, comumente em situações de injustiça e humilhação.
Mas quando não damos valor ao outro, quando não fazemos questão do respeito mútuo, valorizando apenas os nossos atributos pessoais, as relações entre as pessoas vão ficando mais vazias. Vazio, vão, são palavras relacionadas etimologicamente com vaidade. O professor do Instituto de Psicologia da USP, Yves de La Taille, publicou recentemente o livro "Formação ética: do tédio ao respeito de si" (2009). Nesse livro, o autor faz uma denúncia séria da sociedade contemporânea, como sendo propulsora de uma cultura do tédio e da vaidade, uma sociedade não-cooperativa, onde se sobressaem "vencedores" e se desvalorizam os "perdedores". Em contrapartida, uma cultura do sentido e do respeito de si precisa ser construída, especialmente com as novas gerações, para reverter o mal-estar social que vivemos atualmente.
Vale a pena ler esse livro. Você vai gostar muito da metáfora que o prof. Yves apresenta já no primeiro capítulo: a metáfora do turista e do peregrino. E depois você me diz se "Fusca" é ou não é carro... E se quem tem um "Fusca" pode mesmo ser considerado um "perdedor".
Desculpe, querido, pelo desabafo. Mas, sinceramente, fiquei indignada.
Abraços,
Alline
5 comentários:
Santa consciência feminina! Realmente não dá para ficar calada diante de uma situação dessas. E esta sua leitora fez uma bela blogagem sobre o assunto.
Parabéns!
Assuntos polêmicos costumam render, não é mesmo?!
Abraços
ADOREI ALLINE!
AMADA, BEIJOS!!!
Juliana Osório.
"Tá vendo galera? Se for beber quieta o facho, dirigir sóbrio já nos traz riscos suficientes..."
mas na hora de publicar façanha da anta, vc o fez, sem a menor titubeada né??
abre o olho Juquinha...rsrsrsrs
bjs
PS: Adorei o texto da Aline.
impecável!
Paula Portela
O Vão, o Vazio, a Vaidade, a Vanda, o Vando, o Vanguarda e o Vagabundo... Viva o "V" !!!
O que move o mundo é a polêmica, assunto sem graça morre na virada de folha para a próxima página (ou trava o Internet Explorer).
Sinal que a "Lektra", abreviação para Letra Elektrônica, está superando as expectativas e igualmente ao vídeo do "Pedro me dá meu chip!" no Youtube, está sendo um "must" em acesso e participação.
Parabéns ao pai da criança, meu good buddy, poeta e gurú ortográfico, Dj Magalhães e obrigado a Aline, pelas palavras e pela sessão de psicanálise gratuita, o "anônimo", a Volkswagen, o ESTV 2a. edição e o professor do Instituto de Psicologia da USP, Yves de La Taille, agradecem.
PS.: ...e a onça continua incomodada com a futucada...eh eh!
Ei, pessoal, não tem nada a ver com Psicanálise, não, ok? (Nada contra Freud). Continuo recomendando a leitura do livro do Yves. De tudo o que eu escrevi, essa é a parte que vale mesmo a pena.
Abraços, Alline
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