Li em algum lugar que as pessoas precisam ver de perto acidentes de carro para terem certeza de que não são elas que estão mortas. Passei por um no domingo passado, em Laranjeiras, bem em frente ao terminal. Tinha uma ambulância tombada, outros carros batidos e muita, mas muita gente. Quando consegui atravessar a muvuca, vi um cara fechando seu carro apressadamente, trazendo o filhinho bem criança pela mão, como se fossem ao Grande Circo de Beto Carreiro, montado ali na Rodovia Norte Sul. Mas não, e aquele homem exibia no rosto uma indefectível expressão de curiosidade, excitação e contentamento....
Recentemente passou na Record o filme A Paixão de Cristo - segundo Mel Gibson, com uma versão dos fatos que causou polêmica, em minha opinião, pelas razões erradas - Por falar nisso, quem sou eu pra dizer o que é certo? - Para mim o cara estava simplesmente querendo mostrar que - enquanto prega-se a paz e o amor – as pessoas realmente se divertem horrores com a violência gratuita e que o sofrimento alheio é uma forma de prazer, sobretudo de auto-afirmação. E o gringo escolheu um fato histórico bem emblemático para fundamentar sua tese, ele sabe bem do que está falando, afinal, virou ídolo mundial fazendo filmes de ação.
Depois veio a chuva, abundante e torrencial, por que diabos tenho sempre que estar no meio da rua quando desaba um temporal medonho destes? O pior é que tinha ainda que passar pelo trecho entre o Posto Monza e o Edifício Castelamares e meu carro não é anfíbio. Mas parece que, para nossa sorte, a maré não estava cheia naquele momento, então chegamos em casa sãos e salvos. Fiquei em dúvida se abria uma cerveja, ou encomendava uma missa. Ou será que era uma pizza? Pra chegar, o entregador teria que usar escafandro e submarino, a idéia era perversa e me animava... Então não fomos ao cinema.
Espetei no DVD o famigerado documentário “Triunfo da Vontade” de Leni Rifensthal sobre um congresso do Partido Nacional Socialista. Todo mundo sabe como essa história acabou, mas parece que a humanidade continua esperando a vinda de um outro líder como Adolf Hitler. Vemos isso quando um novo político, como Barack Obama, se elege com promessas de dar jeito no mundo, ele realmente acredita que pode, porque não tem a real idéia do que vai administrar, mas consegue convencer todos que vai tirar algum coelho da cartola. Passados uns anos a realidade cai na cabeça de todos e acontece como Bush, que sai da Casa Branca no clima de “já vai tarde”.
Uma senhora me disse outro dia que as pessoas tendem a só ver e dar valor ao lado negativo das coisas, mas que muita coisa boa tem sido feita e que se nossa sociedade fosse tão caótica quanto dizem a situação já teria se tornado insustentável. Gosto disso sabe? Concordo com isso. No filme Ratatouille tem uma pala assim: a crítica negativa é muito mais divertida de se escrever e de se ler. Tanto é que quando elogiamos alguma coisa logo pensam ou que estamos puxando o saco ou que existe algum outro interesse envolvido. E isso é uma espécie de perversão, porque causa injustiças e atrasa a verdade e esta deveria chegar mais cedo.
Houve uma época de minha vida em que passei doze anos sem comer nenhum tipo de carne, nem usar álcool, nada. A primeira coisa que me perguntavam, entre risos maliciosos, é se eu ainda praticava aqueles antiquados rituais de acasalamento, tão caros à reprodutiva raça humana. Pergunta que só deixava de ser imbecil e despropositada quando feita por alguma garota com quem eu estava negociando a coisa... Se é que vocês me entendem. Mas quando eu estava de bom humor e a fim de ser diplomático, o que não é raro, costumava explicar que parar de comer carne e tomar bebidas alcoólicas não era nada de extraordinário na vida de uma pessoa: difícil mesmo era deixar de criticar tudo e, especialmente, a todos...
Recentemente passou na Record o filme A Paixão de Cristo - segundo Mel Gibson, com uma versão dos fatos que causou polêmica, em minha opinião, pelas razões erradas - Por falar nisso, quem sou eu pra dizer o que é certo? - Para mim o cara estava simplesmente querendo mostrar que - enquanto prega-se a paz e o amor – as pessoas realmente se divertem horrores com a violência gratuita e que o sofrimento alheio é uma forma de prazer, sobretudo de auto-afirmação. E o gringo escolheu um fato histórico bem emblemático para fundamentar sua tese, ele sabe bem do que está falando, afinal, virou ídolo mundial fazendo filmes de ação.
Depois veio a chuva, abundante e torrencial, por que diabos tenho sempre que estar no meio da rua quando desaba um temporal medonho destes? O pior é que tinha ainda que passar pelo trecho entre o Posto Monza e o Edifício Castelamares e meu carro não é anfíbio. Mas parece que, para nossa sorte, a maré não estava cheia naquele momento, então chegamos em casa sãos e salvos. Fiquei em dúvida se abria uma cerveja, ou encomendava uma missa. Ou será que era uma pizza? Pra chegar, o entregador teria que usar escafandro e submarino, a idéia era perversa e me animava... Então não fomos ao cinema.
Espetei no DVD o famigerado documentário “Triunfo da Vontade” de Leni Rifensthal sobre um congresso do Partido Nacional Socialista. Todo mundo sabe como essa história acabou, mas parece que a humanidade continua esperando a vinda de um outro líder como Adolf Hitler. Vemos isso quando um novo político, como Barack Obama, se elege com promessas de dar jeito no mundo, ele realmente acredita que pode, porque não tem a real idéia do que vai administrar, mas consegue convencer todos que vai tirar algum coelho da cartola. Passados uns anos a realidade cai na cabeça de todos e acontece como Bush, que sai da Casa Branca no clima de “já vai tarde”.
Uma senhora me disse outro dia que as pessoas tendem a só ver e dar valor ao lado negativo das coisas, mas que muita coisa boa tem sido feita e que se nossa sociedade fosse tão caótica quanto dizem a situação já teria se tornado insustentável. Gosto disso sabe? Concordo com isso. No filme Ratatouille tem uma pala assim: a crítica negativa é muito mais divertida de se escrever e de se ler. Tanto é que quando elogiamos alguma coisa logo pensam ou que estamos puxando o saco ou que existe algum outro interesse envolvido. E isso é uma espécie de perversão, porque causa injustiças e atrasa a verdade e esta deveria chegar mais cedo.
Houve uma época de minha vida em que passei doze anos sem comer nenhum tipo de carne, nem usar álcool, nada. A primeira coisa que me perguntavam, entre risos maliciosos, é se eu ainda praticava aqueles antiquados rituais de acasalamento, tão caros à reprodutiva raça humana. Pergunta que só deixava de ser imbecil e despropositada quando feita por alguma garota com quem eu estava negociando a coisa... Se é que vocês me entendem. Mas quando eu estava de bom humor e a fim de ser diplomático, o que não é raro, costumava explicar que parar de comer carne e tomar bebidas alcoólicas não era nada de extraordinário na vida de uma pessoa: difícil mesmo era deixar de criticar tudo e, especialmente, a todos...
5 comentários:
Boa Juca! Gostei de todos os parágrafos. Por falar nisso, naquele dia da chuva eu passei um sufoco - tive que literalmente "botar o pé na lama" e levar o carro para a calçada, para fugir da água. Que coisa... Mudando de assunto, vc viu a notícia sobre os churrasquinhos? Nova regulamentação, condições de higiene, horários, proibição da venda de bebidas etc - vai ver que eles (os que regulamentam) estão certos, sei lá?! Acaba indo para aquela lista sua..
Um abraço,
Agatê...
Belo texto hein... viajei e rí muito.
Saudades,
Mícha
Juca,
Seus textos são ótimos e dignos de, em pouco tempo, serem lançados em uma concorrida noite de autógrafos. Não esqueça de me convidar, ok?
Bons textos são aqueles que nos fazem imaginar as cenas da narrativa e isso você consegue com mérito.
Um forte abraço e obrigado por me incluir dentre as afortunadas pessoas que recebem suas crônicas.
Flávio S...
Parabéns amigo, como sempre, de uma lucidez ímpar.
Abraços
Juvenal
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