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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

RAPIDINHA CULTURAL - DA BOA EDUCAÇÃO

A escola russa de piano e seus discípulos dominaram a cena no século vinte, uma empreitada que fez surgir astros da música clássica atual como Evgeny Kissin, Boris Berezowsky, Arcadi Volodos, Andrei Gavrilov, Michail Pletnev e muitos etceteras. Uma das razões para o sucesso dessa escola é prover uma educação de bases sólidas na inicialização, onde se encontram alguns dos melhores e mais respeitados profissionais do ensino, diferente da maioria das escolas ocidentais onde essa parte da atividade parece, geralmente, relegada a professores menos experientes e estagiários.

Tô falando disso na maior satisfa do mundo, porque uma de nossas pupilas, Emily Simões de apenas oito anos, acabou de ser aprovada num concorrido processo seletivo para o quarto nível de musicalização infantil da Faculdade de Música do Espírito Santo. E falo também porque recebi um convite do querido e sumido amigo Alvarito Mendes Filho para a apresentação de uma peça de Teatro de seus alunos no curso da Fafi. É muito importante para a rapaziada que está chegando ter contato com professores de experiência e tempo de estrada: segue abaixo o release com todas as informações.

ALUNOS DA FAFI ENCENAM COMÉDIA DO SÉCULO XIX

Na próxima sexta-feira (16), os alunos do segundo ano de teatro da Escola de Teatro, Dança e Música FAFI estrearão a comédia O tipo brasileiro, de França Júnior, que tem por temática a preferência que, no Brasil do século XIX, se tinha pelo estrangeiro em detrimento do cidadão nativo ou daquele que havia se abrasileirado. A montagem será apresentada também no sábado (17), sempre às 19h30, no auditório da escola, com estrada franca. Mas ATENÇÃO! Ingressos limitados: apenas cinquenta por sessão e distribuídos uma hora antes do início da apresentação.

A iniciativa de levar o texto à cena faz parte da disciplina Prática de Montagem, sendo que os próprios alunos, junto com o professor da matéria, escolheram a peça a ser encenada. A temática abordada por França Júnior em O tipo brasileiro foi um dos fatores que mais influenciaram na hora da escolha. “A preferência por quem vem de fora é ainda uma realidade entre nós”, dizem os integrantes do elenco. “Talvez não na mesma proporção em que acontecia no século XIX, mas ela ainda existe e, portanto, vale à pena abordar o assunto.”

 
Sobre o autor
Os dramaturgos brasileiros de maior popularidade no século XIX foram Martins Pena, Arthur Azevedo e França Júnior. Esse último, segundo os pesquisadores, foi o principal seguidor de Martins Pena. Seu nome de batismo: Joaquim José de França Júnior. Nasceu no Rio de Janeiro, em 18 de março de 1838, e morreu em Poços de Caldas, MG, no dia 27 de novembro de 1890.

Foi advogado, dramaturgo, jornalista e pintor. Como escritor teatral destacou-se pela qualidade de suas peças que abordavam, de forma divertida, temas colhidos no cotidiano da vida brasileira, mais especificamente do Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil. Escreveu para o palco varias comedias de costumes e sátiras políticas de grande sucesso, algumas hoje infelizmente desaparecidas.

Dentre as suas comédias teatrais que alcançaram grande sucesso popular e o tornaram um autor de prestígio estão: Amor com amor se paga, Como se fazia um deputado, Caiu o ministério, Ingleses na costa e O tipo brasileiro.

FICHA TÉCNICA
Texto: França Júnior
Direção e prática de montagem: Alvarito Mendes Filho
Elenco: Ana Cláudia Cristo
            Dulce Fernandes
            Lu Golçalves
            Vinícius Capistrano
Preparação vocal: Elaine Rowena
Coreografias: Gil Mendes
Exercícios de composição de personagem: Roberta Portela
Músicas: Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazaré
Gravação da base instrumental das músicas: Jérémy Naud
Trilha sonora: Alvarito Mendes Filho
Concepção de figurino: o grupo
Concepção de cenário: o grupo
Técnico de luz: Edgar
Operador de luz: Edwaldo Almeida
Técnico de som: André
Apoio:  Carlos Papel
Grupo Repertório de Teatro
Cia. Capixaba de Comédias
Fantasia Mágica – aluguel de fantasias
Coordenação geral: Wilson Coelho e Tânia Regina Alves do Carmo

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