Muito temos falado pra lá e pra cá sobre o iminente lançamento de Rockrise – A História de Uma Geração que Fez Barulho no Espírito Santo, novo livro do jornalista José Roberto Santos Neves: então eu também quero falar. Mais uma vez o jovem (sic) baterista escolheu a música como tema principal para mostrar seu talento escrivinhatório e pesquisativo. José Roberto é atualmente editor do caderno Pensar, publicado aos sábados em A Gazeta, e das outras obras que já lançou a mais conhecida e lembrada pelo publico é o livro sobre a cantora Maysa.
O livro Rockrise nasceu entre lendas, mexericos e inúmeras histórias engraçadas dessa rapaziada morena que se encantou com o rock americano feito pelos ingleses e resolveu, contra tudo e contra todos, traduzir também aquele “ritmo” gringo para o bom capixabês. Desde os anos sessenta que esse curioso fenômeno atormenta vizinhos com o som estridente das guitarras “Tonante” e deixa parentes realmente preocupados com o destino de seus descendentes. Várias carreiras de diplomata e cargo comissionado foram pelo ralo após o surgimento de “Rock Around The Clock”.
“Quê exportar café o quê! A gente somos inútil! Queremos exportar é róqui!” A pretensão na botoculândia, que não dava margens à concessões, sempre foi um entrave ao pleno reconhecimento dos predicados musicais de nossos “roqueiros”. Terra quente, praia, sol, verão o ano inteiro; a coisa pede um som gingado e malemolente. Fabio Boi (banda Thor) ontem comentava que o clima de Vitória não é propício ao rock pesado, embora as comidas pesadas sejam um must, exclusive (sic) a feijoada todo sábado, exceto o de aleluia, com caipirinha e Wunderberg só na caninha.
Mas todas as gerações cativaram lá suas legiões de fãs e são muito lembradas com saudades, como recordamos o tempo em que subíamos escadas correndo sem colocar os bofes para fora e comentar que aquilo seria “teste para cardíaco”. Essas gerações hoje formadas por sérios advogados, procuradores, encontradores e inúmeros meninos perdidos com mais de 50 anos vêem se aproximar a derradeira hora e clamam por ter seu nome na história, nem que seja de maneira lá não muito edificante do ponto de vista social: com cabelões, tachinhas e roupas zebra/tigradas.
A noite de autógrafos do Rockrise (pronuncia-se rócrise mesmo e não rócráise como alguns andam falando porraí) vai ser na Estação Porto, centro de Vitória, dia 19 de abril (quinta-feira agora) a partir de sete da noite com entrada franga (sic). Após o lançamento várias bandas serão colocadas em containers, em protesto pelo fim do Fundap, e, finalmente, exportadas do porto (sic) para o raio que as parta dando um fim (de finalidade) à grande saga do nosso roquenrou. Ou será que isso tudo é apenas o início? Yeah! e Rá! pra vocêix!
2 comentários:
Juca, estou rolando de rir com seu texto! hahahah Genial! Esse negócio de Tonante e pedal Sound (do tijolão e da sirene) é coisa séria. Coisa de botocudo macho, não é pra qualquer um. E de roqueiro canela-verde, não esqueçamos da nação metaleira vila-velhense rs.
Sds,
JR
Rapa.. podiam mesmo ter dado uma casaca pra ele hahahahahahhaah
Danny Boy
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