Texto originalmente publicado no Blog “A Vingança de Prometeu” em 26/04/2005
Pois é meu amigo Grilo Falante, convidei pra ir e você não quis... Perdeu! Tá bom, tá bom. Tá legal, eu aceito o argumento que você está de dieta e que essas audições pesadas fazem mal à digestão. Concordo. Eu mesmo acordei com um mau humor dos infernos que só diminuiria quando finalmente rolou um sinal positivo daquela loira que ando interessado em coisar. Mas isso foi depois, bem depois, não tem porra nenhuma a ver com a Noite do Metal! Ho Yeah!!! Exclusive isso (sic). Não se sabe muito bem como, mas o fato é que fui parar no bar "Entre Amigos II", fico imaginando como seria o primeiro. Pior são os trocadilhos, afinal, eu fui com um amigo doidão que, aliás, tivera o carro "abduzido" na noite anterior, os aliens rebocaram o carro dele para um desmanche; mas o cara não parava de imitar o Silvio Santos - Lálálálá! - e me perguntava intrigado: ô Juca, se “entre amigos” é assim imagina lá em cima do Morro do Alemão!
Pois é meu amigo Grilo Falante, convidei pra ir e você não quis... Perdeu! Tá bom, tá bom. Tá legal, eu aceito o argumento que você está de dieta e que essas audições pesadas fazem mal à digestão. Concordo. Eu mesmo acordei com um mau humor dos infernos que só diminuiria quando finalmente rolou um sinal positivo daquela loira que ando interessado em coisar. Mas isso foi depois, bem depois, não tem porra nenhuma a ver com a Noite do Metal! Ho Yeah!!! Exclusive isso (sic). Não se sabe muito bem como, mas o fato é que fui parar no bar "Entre Amigos II", fico imaginando como seria o primeiro. Pior são os trocadilhos, afinal, eu fui com um amigo doidão que, aliás, tivera o carro "abduzido" na noite anterior, os aliens rebocaram o carro dele para um desmanche; mas o cara não parava de imitar o Silvio Santos - Lálálálá! - e me perguntava intrigado: ô Juca, se “entre amigos” é assim imagina lá em cima do Morro do Alemão!
Fiquei constrangido logo à entrada quando me deparei com aquela imensa massa ignara toda vestidinha de preto. Mal advertido pelos infames colegas de trabalho baixei, saravei, enfim, coisei na parada vestido que nem um tenista: todo de branco, esporte fino, porém com uma certa protuberância pançística. Lá estávamos nós: eu e aqueles adolescentes cabeludos traduzindo pro capixabês o que eles imaginavam ser a alta costura fashion do metal. Acabei ponderando que o luto deveria ser por conta da morte do bom gosto musical, ou então dos tímpanos de alguém.
Como não podia perder a viagem resolvi me divertir fazendo o que sei melhor: criticar. Encostado no palco tem um cara muito parecido com o Gregory Hines, só que cheio de tatuagens e que implantou dentes de vampiro! Ou então mandou afiar os caninos, algo do gênero. Esse cara é o mais empolgado e, apesar dos dentinhos, um dos menos travestidos de metaleiros. Digo isso porque acabou de passar por mim um rapaz todo maquiado, baton nos lábios (e não falo do chocolate), calça jeans e coturnos, camiseta preta e até um sonoro sobretudo (!) É isso mesmo véio, nesse puta calor!
No intervalo entre uma apresentação e outra nada de alívio pro ouvidão. Assim que acabava o show entrava a música mecânica, mais barulhenta ainda. Um garoto muito cabeludo, parecia o "Floquinho" - aquele cachorro esquisito do Cebolinha - enfiou a cara numa das caixas de som e ficou lá girando a cabeça e, consequentemente, a cabeleira. Dizem, aliás, que os metaleiros fazem isso pra ver se o cérebro pega no tranco. Achei o intervalo meio tedioso, várias garotas bonitas espalhavam-se pela parada e nem todas estavam tão sorumbaticamente disfarçadas de Mortícia Adams, mas iniciar uma parlamentação naquele ambiente era impossível, o barulho impedia até o pensamento de funcionar direito.
Pensei em várias sugestões para a organização do evento a fim de abrilhantar a parada, enquanto coisa. Por exemplo, aproveitando o clima hetero-nazista-facista-neo-positivista-direitista e gozado, porque não organizar um concurso pra eleger a "Garota Metaleira". Hein? A menina poderia ganhar uma tatuagem, ou um protetor auricular, ou um curso de libras, até pra ver se conseguia agitar uma paquera com alguém. Valendo os mesmos brindes para uma outra categoria de competição, em que se escolheria a melhor fantasia de metaleiro. Que nem aqueles grandes bailes de gala do carnaval. Já imaginou? O apresentador fazendo aquelas vozes guturais, ou então poderiam chamar o Zé do Caixão pra ser anfitrião da parada que também ia ficar demais!
- É isso aí galera do mal! É realmente uma merda ver tanta gente aqui nessa primeira edição do “Gala Metal do Espírito Santo”! Huhúuuu! Hô yeah! Dando início aos desfiles dessa noite, convido à passarela o metaleiro Jeremias, nos desagradando a visão com a sua pavorosa fantasia "O Conde Drácula Vai ao Maculelê".
- Na passarela também desfila Joãozinho Deus me Livre, apresentando seu "A Pós-Decadência Agélica Encontra o Trash e Tá Tudo Clean". Lembrando de esquecer que, infelizmente, a lamentável criação do abominável Joãozinho tem patrocínio da funerária "Agora Só Falta Você". Deus me Livre!!!
Enquanto me perdia em devaneios, eis que começa o show da última banda, grupo que contava com um cantor talentosíssimo; o cara conseguia alternar, musicalmente falando, arrotos cavernosos com lancinantes gritos histéricos. É isso mesmo! Primeiro o cara fazia à capela: aarroooooto! Daí entrava um instrumental sorumbático que alguém me explicou se tratar de "Brutal Death Metal", em que o cantor se sacolejava que nem uma enguia, uma lesma, uma coisa malemolente, enfim: os brutos também amam! Então, do nada, o cara disparava a gritar que nem uma mulher doida sendo esfaqueada: Uáááááááááááiiii!
Putz véio, depois dessa eu desanimei, francamente! Quando vi já tinha ido embora daquele lugar infernal! No dia seguinte, até perdi a hora. Acredite, ou não, simplesmente porque não escutei o despertador tocar!
O ouvido fez greve, ou então estava de ressaca. Sei lá!
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Um comentário:
Morrooooo de rir!!!!
Beijos..
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