Páginas

terça-feira, 26 de julho de 2011

VOCÊ PENSA QUE EU SOU BURRO OU O QUÊ?

Com a morte de Amy Winehouse rapidamente as mensagens que lamentavam o fato proliferaram nas redes sociais, especialmente Facebook e Twitter. Vi algumas mensagens legais e muitas simplesmente ingênuas e românticas. Nesse meio tempo o jornalista Arnaldo Bloch de O Globo, publicou em seu blog uma opinião bem diferente da tristeza dos fãs da cantora inglesa. É preciso levar em consideração que o cara, além de escrever “bragarái” (saravá Caê Guimarães), foi amigo do Bussunda e teve banda de rock nos anos oitenta, ou seja: cerveja... Segue o que ele escreveu:

“Era uma chata. Não é porque morreu que vai deixar de ser, na minha opinião, claro, que é só uma opinião. Tinha a tal atitude, mas nenhum carisma. Vai comparar aquela cara de nojo por tudo com um sorriso de Joplin, ou uma contração facial de Jimi enquanto solava? Bjork é uma cantora muito mais autêntica, que não fica forjando modelos. Se desprezava o showbiz, se o estrelato demandava dela o que não podia ou não queria dar, que fosse fazer outra coisa da vida, ou tocar em circuitos fechados. Chega de culpar a lógica civilizacional pelo caminho de cada um. Todo mundo é crescidinho e sabe como a banda da vida toca. E outra coisa: esse negócio de dissociar o talento da droga é um equívoco. A droga, o álcool, o vício, eram partes integrantes do que ela era, de sua expressividade, de sua arte mesmo. "Lamentar" que ela tenha se perdido por aí é precário. De alguma forma, ela se achou por aí. E morreu como resultado dessa química que também contribuiu para forjar sua força expressiva.”

Obviamente uma galera ficou indignada com o comentário do cara, enquanto muitos não dão a verdadeira importância a algumas mortes de pessoas da nossa própria cultura - vide o compositor Carlos Cruz - e que  vão ficando relegadas ao injusto esquecimento. O pior não é não concordar com o que o Bloch falou, é de repente achar que não tem que expressar uma opinião diferente. Como foi na era do Imperador. É por causa disso que a passagem do Transcol custa R$2,30 e os jovens são apontados como baderneiros. É por isso que querem enfiar sacolas “ecológicas” pela goela de todo mundo e quem questiona é acusado de não ter consciência ecológica, essa coisa tendenciosa tem sido muito nítida nos televisivos. Me diz aí amigo, onde está o outro lado da questão? Quer dizer então que é todo mundo a favor? 

Segundo vi nos próprios jornais da televisão, o preço dessas sacolas sempre foi repassado ao consumidor e duvido que vá cair um centavo quando e se essa nova medida realmente entrar em vigor. Ficamos todos assim, defunto sem choro enquanto toda a população é conclamada a ter consiência e, como sempre acontece, tirar do próprio bolso a preservação do meio ambiente. Talvez seja interessante perguntar: se os políticos em geral tivessem algum tipo de consciência será que isso aconteceria assim? Ou seria pensada uma forma de preservar a população que vai mais e mais se escravizando para conseguir sobreviver? É preciso discutirmos mais sobre a manipulação e voltarmos a questionar a alienação das pessoas de um nível melhor de instrução, os chamados formadores de opinião.

Em um post anterior falei mal dos deputados Tiririca e Romário e o Breno Volpini veio defender, mostrando algumas diferenças dos políticos profissionais. Depois pensei: sabe que isso pode mesmo ser verdade? Esses dois tornaram-se pessoas públicas graças ao talento e não à politicagem, de repente, quem sabe, pode até ser que façam alguma coisa boa lá. Afinal, "O Lula mesmo... O Lula? Ele têm diproma?" Quem já assistiu a Sexta Insana vai entender a piada. Hoje fiquei sabendo que o Luis Miranda vem a Vitória fazer duas apresentações justamente quando vou estar lá em cima no Festival de Inverno. É como diria Macunaíma: quando urubú ta de caipora, os jogadores do Brasil perdem quatro pênaltis na sequência...

Descanse em paz Amy Winehouse, galera do Espírito Santo: bora cuidar da nossa praia?

2 comentários:

Anônimo disse...

Por falar em cuidade de nossa praia, na última Revista de Domingo do Globo há uma reportagem sobre as bandas capixabas – Manimal sobretudo, em festivais da França.

A. C. Braga

Anônimo disse...

Juca,

Bacana o ponto de vista, tanto do Arnaldo, como do seu texto em si.

Vou passar a ler seus newsletters mais vezes.

Bom seria se todos (ou alguns) lessem, interiorizassem e agissem de algum modo.

Forte abraço e Parabéns pela ousadia e humildade!

Adm. Bruno Pagotto Zambon