E pensar que essa marca costumava proteger só o bumbum dos bebês...
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Quem é que não acha bacana
ter “um milhão de amigos”, nem que seja no Facebook? Dar uma de sujeito popular
e coisa e tal. Eu mesmo comecei a aceitar a “amizade” de quem não conhecia porque
escrevo pra Letra Elektrônica faz alguns anos e tem gente que curte as minhas “intervenções”
blogueiras. Depois foi necessário espanar ou evitar alguns “contatos” que se
revelaram uns “facechatos”. Passei a não aceitar pessoas com perfil religioso escalafobético,
gente muito contra ou a favor da Dilma, vendedor comercial e – como veremos a
seguir - algumas pictures de meia idade.
Uma vez um cara lá de
Minas, sei-lá-quem-era, puxou conversa assim: “Juca, meu pau na sua bunda!” Ao
invés de me ofender, mesmo porque a sugestão não rimava nem nada, comentei
tranquilo: “É rapaz... Começou bem, hein?” Daí pediu desculpas, disse que se
divertia com as doideiras que eu escrevia e que se eu quisesse podia desfazer a
amizade. Fiquei pensando no que diriam aqueles que não apreciam muito essa
minha, digamos assim, mania escrivinhatória...
Aliás, como no
episódio anterior, geralmente reajo com educação ao negociar o eventual assédio
dos companheiros que trabalham essa questão da sexualidade. Um traveco uma vez
entrou numa de me patolar dentro do elevador e eu apenas informei calmamente: “O
amigo não me leve a mal não, mas esse aí que cê tá pegando é o meu tá”? Fosse
eu um radical de direita homofóbico apertaria o botão de emergência e detonaria
enfático: “Você tem meia hora pra tirar essa mão daí”!
Então, no rastro tardio
da revolução sexual da década de 1970, singraram os mares cibernéticos as tais mulheres
da meia idade. Aquela liberada e desinibida espécie “seminova” que parece ter encontrado
nos sites de relacionamento uma nova forma de abrir as suas asas e soltar as
suas feras... Outro dia teve uma que danou a puxar conversa “inbox” me chamando
de “gato” e de “meu lindo”. Geralmente eu nem respondo, mas sei-lá-porque
entrei numas de prestar consultoria em boas maneiras:
- “Senhora, não se
deve tratar um desconhecido de maneira íntima, porque é constrangedor”. - E ainda
tentei colocar limite perguntando: - “Qual a parte do status de casado no meu
perfil a senhora não entendeu”? – Usando um peculiar dialeto da terra da Xuca a
pessoa, como o ovo eléktrico da penosa, se disse “xocada”:
- “Sou casada também meu
amor! Meu Deos isto xocada”! – E continuou abusando daquele enervante internetêix,
um treco meio inescrutável que me obrigava a ler em voz alta para tentar decifrar.
No final ainda me deu uma esnobada:
- “Fikeimuitu xatiada
num vomais falar com vc amigo bejos”.
Deve ser dessas
figuras que xavecou o parceiro nas paqueras elektrônicas e, depois de cumprido
os rituais das práticas ancestrais de acasalamento, com surpresa e deleite
constatou: “o amor se fez”! Numa onda de compartilhamento de sua felicidade o
casal emerge com a ideia de nomear a cria de “Facebookson”. Fato que viralizou
e gerou polêmica, mas foi posteriormente desmentido pelo site Tecmundo. Fosse
verdade, a grafia escolhida teria que ser mais sofisticada, algo como: Fêcybhukçon.
Essa galera, só Freud explica porque, acha muito importante fazer uso das
letras K e Y!
http://www.tecmundo.com.br/bizarro/14121-fim-da-polemica-bebe-batizado-como-facebookson-nao-existe.htm
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